Brasil

Estudante do Rio consegue revisão da redação do Enem

A ordem emitida pelo juiz federal Marcel Correa determina que o Inep permita à estudante que veja sua redação em até 48 horas a partir do momento em que for notificado


	Essa seria a primeira decisão judicial no País garantindo vista e revisão da prova a estudante que se submeteu ao último Enem
 (Wilson Dias/ABr)

Essa seria a primeira decisão judicial no País garantindo vista e revisão da prova a estudante que se submeteu ao último Enem (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 20h46.

Rio - Uma estudante do Rio de Janeiro conseguiu nesta quarta-feira uma ordem da Justiça Federal para ter acesso à sua prova de redação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pedir revisão, se considerar a nota injusta. Essa seria a primeira decisão judicial no País garantindo vista e revisão da prova a estudante que se submeteu ao último Enem.

A ordem emitida pelo juiz federal Marcel Correa determina que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão que organiza o Enem, permita à estudante que veja sua redação em até 48 horas a partir do momento em que for notificado. Ao ter acesso à prova, a estudante vai ter 24 horas para pedir revisão, que será feita pelo próprio Inep. Por enquanto a estudante não quer se identificar, segundo sua advogada, Isadora Girão.

"O Inep foi notificado hoje à tarde, por meio eletrônico, então o prazo já deve ter começado", diz Isadora. "O Inep permite que os estudantes vejam a prova, mas apenas em fevereiro. Só que o Sisu (Sistema de Seleção Unificada, por meio do qual as universidades públicas oferecem vagas a quem fez o Enem) aceita inscrições somente de 7 a 11 de janeiro. Então, se minha cliente considera a nota injusta e precisa se inscrever até 11 de janeiro, como vai esperar até fevereiro para ver a prova?", questiona a advogada, que atua no escritório Rezende de Almeida.

"Professores da minha cliente viram o rascunho da redação dela e concordaram que a nota é injusta. Além disso, no Enem de 2011ela estava no 2º ano (do Ensino Médio) e teve nota maior do que no exame deste ano, quando está mais preparada, ao menos em teoria. Acreditamos que há uma injustiça, daí a medida judicial", diz Isadora.

Acompanhe tudo sobre:Educação no BrasilEnemJustiçaMEC – Ministério da Educação

Mais de Brasil

Eduardo Bolsonaro celebra decisão do governo Trump de proibir entrada de Moraes nos EUA

Operação da PF contra Bolsonaro traz preocupação sobre negociação entre Brasil e EUA, diz pesquisa

Tornozeleira eletrônica foi imposta por Moares por “atos de terceiros”, diz defesa de Bolsonaro

Após operação da PF contra Bolsonaro, Lula diz que será candidato a reeleição em 2026