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Estratégia de Dilma mira prefeituras

A estratégia para aumentar a rede de apoio para as eleições de 2014 é incrementar a capilaridade das ações do Executivo


	Dilma posa para foto com beneficiárias do "Minha Casa Melhor": são vários os programas em que a estratégia é colocada em curso, como a entrega de habitações populares
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma posa para foto com beneficiárias do "Minha Casa Melhor": são vários os programas em que a estratégia é colocada em curso, como a entrega de habitações populares (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 08h49.

Brasília - Em uma estratégia para aumentar a capilaridade das ações do Executivo, interiorizar a bandeira do governo federal e colher cada vez mais dividendos políticos, a presidente Dilma Rousseff tem investido numa "linha direta" com prefeitos do País com o objetivo de aumentar sua rede de apoio para as eleições de 2014.

Um efeito colateral que tem sido considerado positivo por seus auxiliares no Palácio do Planalto é que esse modelo ajuda o governo a se livrar de chantagens e pressões de parlamentares, uma vez que ela passa a fazer contato direto com suas bases.

São vários os programas em que a estratégia é colocada em curso, como a entrega de habitações populares do programa Minha Casa, Minha Vida e de Unidades Básicas de Saúde.

Mas o que mais tem chamado a atenção é o PAC Equipamentos. Só neste ano, o governo triplicou o número de municípios beneficiados pelo programa com a entrega de retroescavadeiras, de motoniveladoras e de caminhões-caçamba.

Desde que começaram as distribuições de equipamentos, no final de 2011, o programa já atendeu 4.808 municípios (86,4% do total de localidades do País), um investimento que, até 2014, deve chegar a R$ 5 bilhões.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), de janeiro até o final deste ano, 3.786 municípios terão recebido pelo menos um dos equipamentos previstos no programa - em 2012 foram 1.161 municípios e em 2011, 114. Em 2014, os mesmos municípios já beneficiados deverão receber outros equipamentos.

Em 2013, a presidente já comandou 13 cerimônias em que participou da entrega de chaves de máquinas a prefeitos. De acordo com o governo, o cronograma de doação dos equipamentos priorizou, até o final de junho, municípios do semiárido nordestino e em situação de emergência.

Para 2014 está prevista a entrega de 2.055 motoniveladoras, 3.333 caminhões-caçamba, 428 caminhões-pipa e 766 pás carregadeiras, totalizando a distribuição de 6.582 equipamentos, segundo informou o MDA.


Casas.

Considerado uma das vitrines da administração petista, o programa Minha Casa, Minha Vida deve entregar cerca de 500 mil unidades habitacionais no ano que vem, número superior ao de 2011 (300.606), 2012 (397.597) e ao de 2013 (324.159). Neste ano, de 1.º de janeiro a 31 de outubro, 4.364 municípios já foram beneficiados com novas unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, informou o Ministério das Cidades.

A expectativa é de que, em 2014, cerca de 4.500 municípios sejam beneficiados com novas unidades habitacionais. No Minha Casa, é atribuição legal das prefeituras a aprovação dos projetos de empreendimentos habitacionais. Também cabe aos prefeitos levantar as áreas com vocação para implantar esses empreendimentos e garantir a celeridade nos processos de alvarás e licenças.

Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, a relação direta com as prefeituras não é exclusividade da presidente Dilma. "Todos os governos têm a mesma prática", diz.

Saúde pública.

Em outro esforço de aumentar a capilaridade das ações do Executivo nos municípios, o governo também tem investido nas Unidades Básicas de Saúde. Esses centros destinam-se a resolver 80% da demanda relacionada a problemas de saúde, evitando a superlotação de hospitais.

Segundo o Ministério da Saúde, o programa já beneficiou 5.085 municípios desde a sua implementação, em 2011. Nesse período, foram concluídas a construção de 1.418 unidades básicas de saúde, a reforma de outras 2.168 e a ampliação de 748. De acordo com o Ministério da Saúde, a seleção de projetos atende a critérios como tamanho populacional e nível de pobreza da região. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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