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'Estou plantando comida, não ódio': Lula manda recado a Trump do seu jardim

Em meio a uma crise diplomática e comercial com a maior potência mundial, Lula plantou uma semente de uva — um dos produtos brasileiros afetados pelas tarifas punitivas de Trump

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva ( Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva ( Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 17 de agosto de 2025 às 08h59.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dirigiu-se ao seu homólogo americano, Donald Trump, no sábado (16), em um vídeo gravado no jardim de sua residência, no qual afirma estar "plantando comida, não violência e ódio".

Em meio a uma crise diplomática e comercial com a maior potência mundial, Lula plantou uma semente de uva — um dos produtos brasileiros afetados pelas tarifas punitivas de Trump — no Palácio da Alvorada e compartilhou o momento em um vídeo gravado pela primeira-dama, "Janja" da Silva.

"Espero que um dia você possa visitar a gente e possamos conversar para que você conheça o Brasil verdadeiro", diz Lula a Trump no vídeo, publicado em sua conta no X.

Lula manda recado a Trump do seu jardim (Reprodução/X)

"Isso aqui é um exemplo. Estou plantando comida e não plantando violência e plantando ódio", acrescenta o presidente.

No início de agosto, Trump impôs tarifas de 50% sobre diversos produtos brasileiros, entre as mais altas do mundo. Ele justificou a decisão alegando que a Justiça brasileira está travando uma "caça às bruxas" contra seu aliado, o ex-presidente Jair Bolsonaro, julgado por uma suposta tentativa de golpe de Estado contra Lula em 2022.

As tarifas afetam várias exportações importantes da maior economia da América Latina, como café, frutas e carne.

Além disso, os Estados Unidos sancionaram o ministro Alexandre de Moraes, que preside o caso de Bolsonaro, e outros sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula expressou apoio ao STF e prometeu "defender (...) a soberania do povo brasileiro".

Bolsonaro ouvirá seu veredicto entre 2 e 12 de setembro. Se condenado, ele pode pegar cerca de 40 anos de prisão.

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