O porto de Santos: os estivadores temem que, com a concessão de terminais portuários para a iniciativa privada (proposta pela medida provisória), as condições de trabalho sejam precarizadas. (Nelson Almeida/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2013 às 14h33.
São Paulo – A paralisação de estivadores no Porto de Santos, o maior do país, terminou ontem (15) à noite, após decisão em assembleia. Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o terminal, os operários voltaram hoje (16) ao trabalho e a carga e descarga dos navios é feita normalmente.
Os trabalhadores encerraram a greve, iniciada na terça-feira (14), porque preferiram aguardar o resultado da apreciação da Medida Provisória (MP) 595/2012, conhecida como MP dos Portos, pelo Senado. O texto que precisa se votado até a meia-noite de hoje para não perder a validade.
Os estivadores temem que, com a concessão de terminais portuários para a iniciativa privada (proposta pela medida provisória), as condições de trabalho sejam precarizadas. “Queremos garantias de trabalho, tanto nos portos públicos quanto nos privados. A MP pode trazer concorrência desleal, tem que ter uma isonomia”, disse o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, Guarujá, São Vicente e Cubatão, Rodnei Oliveira da Silva. Os estivadores não têm vínculos empregatícios e fazem trabalhos avulsos.
De acordo com Silva, o sindicato planeja uma nova assembleia para segunda-feira (20), às 9h.