Brasil

Estatais deixam de investir R$ 18 bi em 2010

De um total de R$ 102,1 bilhões em obras, projetos e serviços programados, as empresas federais gastaram R$ 84,2 bilhões, ou 82,4% do total

Do total de investimentos a cargo das estatais em 2010, 93,4% estão concentrados no Ministério de Minas e Energia (Arquivo/Wikimedia Commons)

Do total de investimentos a cargo das estatais em 2010, 93,4% estão concentrados no Ministério de Minas e Energia (Arquivo/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2011 às 09h53.

Brasília - O governo sofre para conseguir cortar entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões do Orçamento de 2011, mas números divulgados na sexta-feira mostram que nem todo o dinheiro disponibilizado é gasto. Em 2010, as empresas estatais deixaram sobrar R$ 17,9 bilhões em investimentos, segundo balanço publicado no Diário Oficial. De um total de R$ 102,1 bilhões em obras, projetos e serviços programados, as empresas federais gastaram R$ 84,2 bilhões, ou 82,4% do total.

O índice de realização mais baixo é da Telebrás, que conseguiu aplicar 1,2% dos R$ 316,9 milhões disponíveis. O programa de inclusão digital, sob responsabilidade da estatal, não investiu nenhum centavo dos R$ 300 milhões a ele destinados, segundo os dados publicados pelo Ministério do Planejamento.

“A explicação é singela”, disse o presidente da Telebrás, Rogério Santanna. “Esses R$ 300 milhões só foram autorizados no dia 28 de dezembro, então eu estava de mãos amarradas. Não podia gastar, senão ia preso.”

Santanna explicou que o governo encaminhou ao Congresso, em meados de 2010, um pedido de autorização de recursos para implementar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). “Esse projeto de lei foi sabotado pela oposição o tempo todo”, disse. O dinheiro só foi liberado pela Medida Provisória 515, publicada em 28 de dezembro. “Foi no apagar das luzes”, disse.

Do total de investimentos a cargo das estatais em 2010, 93,4% estão concentrados no Ministério de Minas e Energia, que tem sob sua responsabilidade a Petrobrás e a Eletrobrás. Mesmo nessa pasta, os gastos não atingiram o total autorizado. Foram realizados 83,9% do previsto. Os programas para distribuição de petróleo e derivados, por exemplo, aplicaram 99,6% do previsto. No refino de petróleo, a realização atingiu 84,8%. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Empresas estataisEstadoOrçamento federal

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP