São Paulo – Em toda a região Sudeste, ao menos 14 trechos de rodovias operam com mais do dobro do limite de sua capacidade. E, se nada for feito, o problema pode piorar nos próximos anos. A constatação é do Projeto
Sudeste Competitivo, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Junto com a consultoria Macrologística, a
CNI traçou, em quatro anos, um diagnóstico do transporte nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. O Rodoanel Mário Covas, que dá acesso à Rodovia Castelo Branco, em São Paulo, é a mais saturada da região. Ali, no horário de pico, há uma circulação 184% superior ao projetado. Logo atrás, está o trecho compreendido entre Arujá e Jacareí (SP) que utiliza, em média, 141% de sua capacidade de movimentação. Por fim, vem o trecho de Duque de Caxias (RJ) na rodovia Washington Luís, com 116% a mais. Operando muito acima do limite da capacidade projetada, essas
estradas entravam a circulação dos veículos de carga que transportam mercadorias pelo país, bem como o fluxo dos veículos de passeio. Segundo Olivier Girard, diretor da Macrologística, consultoria responsável pelo estudo, se projetos de infraestrutura não forem feitos, o problema pode duplicar nos próximos cinco anos. De acordo com ele, cada trecho possui a sua particularidade. “Pode ser feita a duplicação de vias, construção do zero, ou uma nova infraestrutura que aval
ie a movimentação daquele local” diz. “Com esse tipo de planejamento, é possível aliviar o fluxo de veículos”. Dos 14 trechos mais saturados, oito fazem parte da Via Dutra (BR-116). Conforme o levantamento, seriam necessários mais de 6 bilhões de reais em obras para melhorar e modernizar toda extensão da rodovia que liga o Rio de Janeiro (RJ) a São Paulo (SP). Veja, nas imagens, o ranking das estradas mais congestionadas no horário de pico e a capacidade média que os veículos de carga deveriam transportar em cada um dos trechos da região. Navegue também pelo mapa para ver os trechos.