Engenhão: barulho na instalação de uma barra metálica assustou operários (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2014 às 15h57.
Rio - Operários que trabalham na recuperação do Estádio Olímpico João Havelange, mais conhecido como Engenhão, no Rio, tomaram um susto neste sábado, após ouvirem um estalo durante a instalação de uma barra metálica. Segundo a assessoria de imprensa da Riourbe, órgão da prefeitura que é responsável pela obra, o estalo foi normal, apesar do susto dos trabalhadores. O prefeito da cidade, Eduardo Paes, negou que haja qualquer problemas nas obras.
"É uma questão de engenharia", disse Eduardo Paes, em evento público neste sábado. Segundo o prefeito, um operário se assustou com uma acomodação da estrutura metálica, mas "está tudo dentro do programado".
A Riourbe informou que o estalo ocorreu quando começou a instalação de uma barra metálica de quatro metros. Com o atrito, uma estrutura cedeu e fez barulho. Um operário que não quis se identificar afirmou que vários trabalhadores saíram correndo. Ainda segundo a Riourbe, engenheiros verificaram o ocorrido e não encontraram problemas.
O estalo aconteceu na manhã deste sábado. Diante do ocorrido, as atividades na obra pararam. Segundo a prefeitura, o turno já iria terminar mesmo às 14 horas. O trabalho volta ao normal na segunda-feira, pois não há turno de trabalho no domingo.
O Engenhão, que será o principal estádio dos Jogos Olímpicos de 2016, foi interditado em março de 2013, por causa de problemas estruturais na cobertura. Em julho, começaram as obras de recuperação, a cargo de consórcio formado pelas construtoras Odebrecht e OAS.
A cobertura que deu problemas foi projetada pelo consórcio que começou a construção do Engenhão, inaugurado para os Jogos Pan-americanos do Rio, em 2007. O consórcio original era formado pelas construtoras Delta, Racional e Recoma, que no andamento das obras admitiram não ter capacidade técnica para concluí-la. Diante disso, um consórcio formado por Odebrecht e OAS foi contratado para concluir a construção.
Diante dos problemas estruturais de 2013, Odebrecht e OAS decidiram assumir a conta da reforma. Além da recuperação da cobertura, o Engenhão passará por obras para a instalação de 15 mil assentos temporários, exigência do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a Olimpíada.