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Estados brasileiros avançam em dez anos – mas o abismo entre eles é grande

A conclusão é de um estudo realizado pela consultoria Macroplan e apresentado em evento do MBC em parceria com EXAME, nesta quarta-feira (5)

Gustavo Morelli, diretor da consultoria Macroplan: "Os governantes estão desafiados a entregar mais e melhor com menos recursos" (Germano Lüders/Exame)

Gustavo Morelli, diretor da consultoria Macroplan: "Os governantes estão desafiados a entregar mais e melhor com menos recursos" (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2018 às 16h52.

São Paulo - A jornada dos governadores eleitos a partir de 2019 será de tudo, menos monótona. Nos últimos dez anos, os 27 estados brasileiros conseguiram melhorar, mas a velocidade dos avanços ainda é baixa e a desigualdade entre as regiões, imensa.

A conclusão é do estudo “Desafios da Gestão Estadual”, realizado pela consultoria Macroplan, que serve como instrumento para os novos governadores. O estudo foi apresentado no evento "Governos Inteligentes para o Futuro", realizado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) em parceria com EXAME, na tarde desta quarta-feira (5), em São Paulo. 

Os estados precisam crescer de forma mais igualitária. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Pará, por exemplo, é igual ao de Minas Gerais de dez anos atrás. Já a taxa de analfabetismo de Alagoas, por exemplo, é quatro vezes maior que a de São Paulo há dez anos. 

"Os governantes estão desafiados a entregar mais e melhor com menos recursos. Este estudo quer estimular a gestão pública baseada em evidências, construção de estratégias de longo prazo e identificação de boas práticas para serem compartilhadas", diz Gustavo Morelli, diretor da consultoria Macroplan e responsável pelo estudo. 

Reequilíbrio das contas

A maioria dos estados precisa reequilibrar as contas para continuar evoluindo, porque as despesas crescem a passos largos. As despesas com pessoal, por exemplo, cresceram 31% nos últimos sete anos. O estudo sugere que os estados melhorem a produtividade dos gastos públicos e busquem novas fontes de receitas sem aumentar os impostos, por meio de gestão econômica de ativos, privatizações e reduções de subsídios, por exemplo.

A área de segurança foi a que mais piorou nos últimos dez anos: 17 estados andaram para trás. Mas o levantamento também trouxe notícias boas. Rondônia, Pernambuco e Alagoas foram as unidades federativas que mais galgaram posições.

O Distrito Federal foi o primeiro colocado no ranking. "Acompanhar os resultados nos permitiu ter conhecimento completo e profundo do governo e dos seus desafios. Tínhamos um rombo de 6 bilhões de reais e tivemos que enfrentar corporações, o que nos trouxe um custo político e pessoal elevado, mas fizemos o que precisava ser feito", diz Rodrigo Rollemberg, governador do Distrito Federal.

O estudo completo é tema de uma reportagem na edição 1175 da revista EXAME, que chega às bancas, ao site e ao aplicativo EXAME nesta quinta-feira (6). O estudo também está disponível no site Desafios dos Estados

 

 

 

 

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