Brasil

Estádios terão estrutura em caso de ataques químicos

Detetores foram colocados em vários pontos de estádios para identificar alguma possível contaminação por agentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares


	Estádio Nacional: 150 pessoas participaram de simulação de ataque radiológico e químico
 (Militares simulam ataque químico na Mané Garrincha)

Estádio Nacional: 150 pessoas participaram de simulação de ataque radiológico e químico (Militares simulam ataque químico na Mané Garrincha)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2014 às 19h29.

Brasília - O Exército Brasileiro terá à disposição uma estrutura para atendimento de pouco mais de 500 possíveis vítimas de contaminação por agentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares durante os jogos da Copa do Mundo, que será aberta quinta-feira (12), em São Paulo.

Cerca de 150 pessoas participaram de uma simulação de ataque radiológico e químico na tarde de hoje (9), em frente ao estádio Mané Garrincha, em Brasília.

“Estamos contando com uma evacuação de 30 minutos, entre a saída da pessoa da arquibancada e a chegada à nossa área. A estrutura de fora do estádio atende a 500 pessoas nas primeiras horas e pode continuar esse tratamento até que todas as vítimas sejam descontaminadas”, explicou o capitão André Luis Bifano, do Exército.

Segundo ele, os atendimentos mais urgentes poderão ser feitos ainda dentro do estádio, em uma estrutura móvel que pode receber até 30 pessoas.

Detetores foram colocados em vários pontos do estádio para identificar algum possível ataque dessa natureza e a prioridade do atendimento será das pessoas que estiverem na área diretamente afetada.

Em caso de ataque, as pessoas atingidas serão levadas para a estrutura montada na área externa do estádio pelo Corpo de Bombeiros, pela Comissão Nacional de Energia Nuclear e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além do Exército.

No primeiro estágio da descontaminação, a pessoa eventualmente atingida tem as primeiras camadas de roupa removidas. É na roupa que fica 90% da contaminação radiológica.

Em seguida, a vítima é lavada com jatos de água pelos bombeiros. Na terceira etapa, agentes usam aparelhos medidores de radiação para verificar se ainda há traços de radiação no corpo.

Em caso positivo, a vítima é levada a um posto de descontaminação do Exército. Afastado o risco, as pessoas atingidas são encaminhadas pela Defesa Civil ao Samu ou a outro local, de acordo com seu protocolo.

Em Brasília, a estrutura ficará no Colégio Militar, a cerca de 500 metros do Mané Garrincha. Se for necessário, todas as tendas para o atendimento poderão ser levadas para a saída do estádio e montadas em 30 minutos.

Todas as cidades-sede da Copa terão o mesmo aparato contra esse tipo de ataque. Uma simulação parecida foi realizada em São Paulo na semana passada.

O capitão Bifano explicou ainda que, no caso de ataques, os torcedores que não estiverem na área de contaminação deverão deixar o estádio pelas saídas normais.

“Não descontaminaremos todos os que estiverem no estádio. Vamos descontaminar os que estiverem na área onde ocorreu a contaminação. Os demais usarão as saídas normais, pois este é o protocolo internacionalmente seguido”. As pessoas serão orientadas sobre como proceder e poderão, em um segundo momento, passar pelo mesmo procedimento pelo qual passam as vítimas urgentes, se houver necessidade, acrescentou Bifano.

Acompanhe tudo sobre:Armas químicasCopa do MundoEsportesEstádiosFutebolSaúdeseguranca-digital

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua