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Espionagem estará na pauta do encontro com EUA, diz Patriota

Secretário de Estado dos EUA, John Kerrym, visitará o Brasil na semana que vem e deve se encontrar com a presidente Dilma Rousseff


	Manifestante a favor de Snowden: ex-agente da NSA divulgou que os EUA estavam espionando dados de uma série de países, entre eles o Brasil
 (Brian Snyder/Reuters)

Manifestante a favor de Snowden: ex-agente da NSA divulgou que os EUA estavam espionando dados de uma série de países, entre eles o Brasil (Brian Snyder/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2013 às 17h49.

Rio de Janeiro - O governo brasileiro vai incluir na pauta do encontro com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, a espionagem promovida pelos norte americanos que tiveram como alvo emails, mensagens eletrônicas e telefonemas de cidadãos do Brasil, afirmou o Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, nesta quinta-feira.

Kerry visitará o Brasil na semana que vem e deve se encontrar com a presidente Dilma Rousseff e integrantes do governo brasileiro.

Segundo Patriota, a espionagem promovida pela agência de segurança dos EUA (NSA) não pode ficar de fora da pauta dos encontros com os norte-americanos.

"É um tema que não pode deixar de figurar da agenda bilateral Brasil-Estados Unidos nesse momento e já inscrevemos o assunto na agenda multilateral, num encontro de cinco chanceleres do Mercosul com o secretário geral da ONU, e também a abordagem no Conselho de Segurança promovida pela presidente (da Argentina) Cristina Kirchner", disse Patriota a jornalistas.

A vinda de Kerry ao Brasil acontece antes de uma visita de Estado de Dilma aos EUA para se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em outubro.

Recentemente, Obama cancelou uma cúpula bilateral que teria com o presidente russo, Vladimir Putin, na Rússia, em resposta à decisão de Moscou de dar asilo temporário a Edward Snowden, ex-prestador de serviços da NSA que revelou o programa de espionagem norte-americano.

Patriota garantiu que, apesar do Brasil ter sido alvo da espionagem norte-americana, o país não cogita em recuar no encontro entre Dilma e Obama.

"A viagem está mantida e continuaremos desenvolvendo um diálogo específico com os Estados Unidos sobre a questão das alegações de espionagem. Esperamos avançar mais sobre esse assunto antes da viagem", disse ele.

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