Brasil

Espera para atracar em porto do Brasil atinge 78 mil horas

Cada dia parado custa algo em torno de US$ 20 mil

De acordo com o levantamento, os atrasos e tempo de espera dos navios no País provocaram 741 cancelamentos de escala (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

De acordo com o levantamento, os atrasos e tempo de espera dos navios no País provocaram 741 cancelamentos de escala (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2010 às 16h14.

Brasília - Até alguns anos atrás, a principal preocupação dos portos nacionais era acabar com as filas de caminhões que abarrotavam a entrada dos terminais. Elas continuam. Mas, hoje, as autoridades portuárias têm uma dor de cabeça adicional para resolver: a fila de navios que congestionam os canais de acesso marítimo. 

Entre janeiro e agosto deste ano, as embarcações que fazem escala no Brasil esperaram, juntas, 78.873 horas (ou 3.286 dias) para atracar nos portos nacionais - cada dia parado custa algo em torno de US$ 20 mil. O número é 16% superior ao verificado em igual período do ano passado, quando o tempo de espera já havia começado a piorar. Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo Centro Nacional de Navegação (Centronave).

O trabalho considerou a movimentação das cinco maiores empresas de navegação nos 17 principais terminais de contêineres do País, como Santos, Paranaguá, Rio Grande e Rio de Janeiro. De acordo com o levantamento, os atrasos e tempo de espera dos navios no País provocaram 741 cancelamentos de escala - 62% superior ao de 2009. “São números significativos que mostram o gargalo da infraestrutura brasileira”, lamenta o presidente do Centronave, Elias Gedeon.

Ele reconhece que o governo tem tentado melhorar a situação dos portos, mas a demanda está superando o resultado das ações e o aumento da oferta. O executivo observa que, em Santos, o volume de contêiner aumentou 215% nos últimos dez anos. Enquanto isso, houve um aumento de apenas 23% no comprimento nos berços de atracação e 20% na área alfandegária. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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