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Especialistas se reúnem para analisar zika na América Latina

As evidências da relação entre o vírus zika e o aumento dos casos de microcefalia no Brasil e da síndrome de Guillain-Barré em nove países continuam a crescer


	Zika: a OMS quer avaliar todos os dados disponíveis e conhecer de perto todos os estudos relacionados com o vírus e suas consequências
 (Marvin Recinos / AFP)

Zika: a OMS quer avaliar todos os dados disponíveis e conhecer de perto todos os estudos relacionados com o vírus e suas consequências (Marvin Recinos / AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2016 às 11h11.

Genebra - Cientistas e reguladores estão reunidos desde esta segunda-feira em Genebra para determinar em que ponto está a epidemia do vírus do zika para estabelecer as medidas para combater a doenças e suas consequências.

Até o momento as evidências da relação entre o vírus do zika e o aumento dos casos de microcefalia no Brasil e da síndrome de Guillain-Barré em nove países continuam a crescer, mas ainda não são suficientes para declarar uma causalidade direta.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) quer avaliar todos os dados disponíveis e conhecer de perto todos os estudos relacionados com o vírus e suas consequências.

É por isso que convocou uma reunião de três dias, que começou hoje, em, que os especialistas analisarão especificamente o conhecimento científico que se tem da doença e de suas implicações sobre a saúde pública.

O segundo aspecto crucial será determinar quais aspectos da luta contra o fenômeno estão mais avançados, quais não, e o que é preciso para acelerá-los: controle vetorial, diagnósticos, vacinas, etc.

A OMS defende estabelecer uma plataforma onde todos os pesquisadores possam saber o resultado das pesquisas dos colegas.

Além disso, será discutido novamente o espinhoso tema do compartilhamento de amostras de sangue.

Participarão cientistas, agentes reguladores - para acelerar o processo de autorização das novidades - instituições médicas e autoridades sanitárias dos países afetados.

Em janeiro, após uma reunião do Comitê de Emergências da OMS, a entidade decretou que os casos de microcefalia e sua possível relação com o vírus do zika são uma emergência sanitária de alcance internacional.

Amanhã o Comitê de Emergências voltará a se reunir para analisar três aspectos chave: se os casos de microcefalia e sua relação com o zika continuam a ser uma emergência sanitária; se as recomendações feitas sobre viagens e comércio quando a emergência foi anunciada continuam válidas; e se há ou não uma resposta internacional coordenada e efetiva.

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