Márcia Lopes, assistente social: “Ele me convidou para assumir o Ministério das Mulheres e eu aceitei. Amanhã à tarde eu devo assinar o termo de posse" (Arquivo/ABr/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 4 de maio de 2025 às 20h35.
A assistente social Márcia Lopes, que já comandou a pasta do Desenvolvimento Social, afirmou neste domingo que aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tomará posse como ministra das Mulheres na segunda-feira.
“Ele me convidou para assumir o Ministério das Mulheres e eu aceitei. Amanhã à tarde eu devo assinar o termo de posse. Estou indo pra Brasília logo cedo”, disse Márcia Lopes, que vive em Londrina (PR).
A nova ministra substituirá Cida Gonçalves, cuja saída do cargo já era dada como certa desde o começo do ano. Ambas são filiadas ao PT. Na sexta-feira, Cida teve uma reunião rápida com Lula no Palácio do Planalto. Segundo a assessoria da ministra, o encontro serviu para tratar de assuntos da pasta, como a implementação da lei de igualdade salarial.
Neste domingo, Márcia Lopes contou que já conversou com a atual ministra sobre a troca do comando da pasta sobre a transição. A nova ministra é irmã de Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula e atual secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho. Márcia Lopes foi secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social no segundo mandato de Lula. Em 2010, comandou a pasta por nove meses. Dois anos depois, disputou a prefeitura de Londrina e ficou em terceiro lugar.
Com a mudança, Lula dá mais um passo na reforma ministerial que vem promovendo a conta gotas. Ainda há possibilidade de o presidente mudar a Secretaria-Geral da Presidência, que hoje tem Márcio Macêdo como ministro. A reforma também deve contemplar a bancada do PSD na Câmara. Os deputados do partido estão insatisfeitos com o Ministério da Pesca, hoje com André de Paula, e querem uma pasta maior.
Desde o começo do ano, Lula fez mudanças na Secretaria de Comunicação Social (Secom), na Saúde, na Secretaria de Relações Institucionais (SRI), nas Comunicações e na Previdência. Na primeira pasta, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) deu lugar ao marqueteiro Sidônio Palmeira, em janeiro. Na Saúde, Nísia Trindade foi substituída em março por Alexandre Padilha, que estava na SRI, assumida por Gleisi Hoffmann.
Em abril, Lula substituiu Juscelino Filho por Frederico de Siqueira Filho nas Comunicações. O então ministro havia sido denunciado pela Procuradoria Geral da República por desvio de emendas. A pasta é controlada pelo União Brasil.
Na sexta-feira, as investigações sobre irregularidades nos descontos de aposentadorias e pensões derrubaram o ministro da Previdência, Carlos Lupi. Wolney Queiroz assumiu o seu lugar. Ambos são filiados ao PDT.