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Escolas privadas devem retomar aulas presenciais em 3 de agosto no Rio

Retorno da rede privada, segundo a prefeitura, será facultativo a professores, funcionários e pais de alunos que assim desejarem

Sala de aula: para a prefeitura, o retorno terá regras rígidas da Vigilância Sanitária (Amanda Perobelli/Reuters)

Sala de aula: para a prefeitura, o retorno terá regras rígidas da Vigilância Sanitária (Amanda Perobelli/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de julho de 2020 às 19h57.

Última atualização em 20 de julho de 2020 às 22h02.

As escolas particulares do município do Rio de Janeiro pretendem retomar as aulas presenciais no dia 3 de agosto, de acordo com o prefeito Marcelo Crivella. O retorno da rede privada de ensino, segundo a prefeitura, será facultativo a professores, funcionários e pais de alunos que assim desejarem e será “sob regras rígidas da Vigilância Sanitária.”

“Hoje de manhã tive um encontro com representantes das escolas privadas, que querem voltar de maneira voluntária no dia 3 de agosto. Voltar de maneira voluntária, seguindo todas as regras da Vigilância Sanitária”, afirmou Crivella nesta segunda-feira, 20. A prefeitura diz que irá detalhar esse anúncio à imprensa, amanhã, 21.

Já as aulas nas escolas públicas municipais ainda não têm data de retorno definida. “A volta das escolas municipais, sem data ainda definida, será debatida nesta semana”, disse o prefeito. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, um plano de retomada está sendo debatido.

No dia 4 de julho, os professores das escolas da rede particular do município do Rio de Janeiro decidiram realizar uma greve contra o retorno às aulas presenciais nesse momento de pandemia. A decisão foi tomada em uma assembleia virtual da categoria com mais de 500 docentes. De acordo com o Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro  e Região (Sinpro-Rio), uma nova assembleia será realizada no dia 1º de agosto.

“Não tem nenhum tipo de fato novo que permita que voltemos agora em segurança”, diz o vice-presidente do Sinpro-Rio, Afonso Celso Teixeira. Ele questiona como seria aplicada uma medida facultativa no setor privado. “Na iniciativa particular, vale a vontade do empregador. Nós, trabalhadores, ficaríamos a mercê disso.”

Segundo o último boletim da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, divulgado ontem, 19, havia em todo o estado 138.524 casos confirmados e 12.114 óbitos por coronavírus. Havia ainda 1.172 óbitos em investigação. Somente na capital, eram 66.909 casos confirmados e 7.703 mortes pela doença.

A Agência Brasil entrou em contato com o Sindicato dos Estabelecimentos de Educação Básica do Município do Rio de Janeiro (Sinepe Rio), mas não obteve o posicionamento da entidade até o fechamento da matéria. Em nota publicada no dia 30 de junho, a entidade afirma que o retorno de cada instituição depende de sua própria conveniência, assim como do posicionamento de sua clientela. Diz ainda que não há nenhuma imposição para essa volta, respeitada a autonomia de cada uma das escolas acerca do momento oportuno e da metodologia que irá adotar.

“Voltar às aulas, com os devidos cuidados, zelando pela vida, mantendo a segurança dos alunos, dos professores e dos funcionários ajuda a amenizar os danos irremediáveis que a quebra das relações sócio-afetiva-cognitivas está trazendo a centenas de milhares de crianças e jovens, privados do contato com seus amigos e ambiente de ensino comum”, diz o texto.

De acordo com o Monitoramento de Reabertura das Escolas Particulares no Brasil, elaborado diariamente pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), até o momento, há, no país, um estado com escola reaberta: o Amazonas. Outros nove estados e o Distrito Federal estão com data sinalizada para retornar às atividades presenciais. São eles: Acre, Pará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio Grande do Sul). As demais unidades da federação estão sem data definida.

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