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Escolas ocupadas têm desempenho acima da média no Enem

As escolas estaduais que foram ocupadas por estudantes em protesto contra reforma tiveram desempenho acima da média no Enem


	Ocupação: Fernão Dias teve nota 507,52 na avaliação; a média da rede estadual (incluindo as escolas técnicas) foi de 500,43
 (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Ocupação: Fernão Dias teve nota 507,52 na avaliação; a média da rede estadual (incluindo as escolas técnicas) foi de 500,43 (Rovena Rosa/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2016 às 10h15.

São Paulo - Símbolo das ocupações estudantis contra a reforma da rede estadual de São Paulo proposta pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) no fim do ano passado, as escolas estaduais Fernão Dias Paes, em Pinheiros, zona oeste da capital, e Diadema, na região metropolitana, tiveram desempenho acima da média das escolas públicas na prova objetiva do Enem.

A Fernão Dias, uma das últimas a serem desocupadas pelos alunos, teve nota 507,52 na avaliação. A média da rede estadual (incluindo as escolas técnicas) foi de 500,43.

Dos 307 alunos na Fernão Dias no 3.º ano do ensino médio, 220 fizeram a prova, com taxa de participação de 71,6%. Mas a nota da unidade oscilou para baixo em relação ao ano anterior: na edição de 2014, o desempenho foi de 509,94 pontos, com 235 participantes.

Diadema

Na Escola Estadual Diadema, a primeira invadida pelos estudantes, o desempenho médio melhorou: a nota na prova objetiva passou de 499,30, em 2014, para 503,39 no ano passado.

Primeiro-tesoureiro da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Marcos Kauê de Queiroz liderava a entidade municipal durante os protestos contra a reorganização escolar, no ano passado.

Para ele, as ações não prejudicaram os estudantes. "Eles poderiam nem ter onde estudar este ano porque o Estado queria fechar as escolas. Ou poderiam ter sido realocados para outra estrutura ainda pior", diz.

Em nota, a Secretaria Estadual da Educação afirmou que "o Enem é uma avaliação do desempenho do aluno, que participa voluntariamente da prova, e não tem como objetivo avaliar os sistemas de ensino".

Ressaltou ainda que a prova aconteceu antes da mobilização estudantil.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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