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Escolas municipais e estaduais devem unificar calendário em SP

Segundo o secretário municipal de educação, unir datas de aulas e férias vai ser um dos primeiros passos na colaboração entre as redes do estado e capital

 (Ingram Publishing/Thinkstock)

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Bárbara Ferreira Santos

Bárbara Ferreira Santos

Publicado em 29 de janeiro de 2017 às 08h00.

Última atualização em 29 de janeiro de 2017 às 13h41.

São Paulo -- As escolas municipais e estaduais devem ter o calendário unificado a partir deste ano na capital paulista, pondo fim à diferença de até 15 dias que existia no ano acadêmico entre as duas redes, que dividem o ensino fundamental no município. Atualmente, cerca de 55% dos alunos da cidade estão na rede estadual e 45% na rede municipal.

Esse deve ser um dos primeiros passos do sistema de colaboração que envolve, a partir deste ano, as secretarias de ensino do estado e da capital, segundo explicou o secretário de educação da cidade, Alexandre Schneider.

A mudança deve ocorrer para facilitar a vida das famílias com filhos nas duas redes de ensino e também para os professores que trabalham em escolas tanto do estado quanto do município, afirmou o secretário.

No dia 9 de janeiro, o prefeito de São Paulo, João Doria, e o governador do estado, Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, anunciaram a cooperação entre as redes em uma coletiva de imprensa, mas os detalhes ainda não haviam sido definidos.

Em conversa com EXAME.com, o secretário municipal descartou a possibilidade de as duas redes se unirem em uma só, mas disse que haverá um regime de parceria de projetos entre elas. Schneider afirmou que outras colaborações além da união de calendário ainda estão sendo estudadas pelas redes, como a compra conjunta de materiais e livros didáticos--para diminuição no preço dos itens.

Outra medida cogitada pela pasta municipal é transferir crianças da mesma família para a mesma escola. “Isso é muito bom porque facilita a vida dos pais e ajuda as crianças a se integrarem ao ambiente escolar. E isso é feito quando se tem uma colaboração e uma divisão clara de tarefas e da demanda entre as duas redes”, afirmou o secretário.

No entanto, Schneider explicou que possíveis transferências de alunos da mesma família serão acordadas antes com os pais e com as redes para não afetar a vida escolar das crianças.

Além disso, o município estuda a possibilidade de igualar a quantidade de séries de repetição de alunos com a rede estadual. Hoje, na prefeitura, os alunos podem reprovar no 3º, 6º, 7º, 8º e 9º anos. Já nas escolas do estado, são três as séries que permitem reprovação: 3º, 6º e 9º anos. Se aprovada, essa mudança só entraria em vigor a partir de 2018, explicou Schneider.

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