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JBS e a BRF ficaram de fora da reabertura na Rússia; Escola sem Partido adiado; Supremo contra o patrulhamento e mais...

Fábrica da BRF: as duas maiores processadoras de carne do país, a JBS e a BRF, ficaram de fora da reabertura anunciada ontem pela Rússia para nove frigoríficos brasileiros (Germano Lüders/Exame)

Fábrica da BRF: as duas maiores processadoras de carne do país, a JBS e a BRF, ficaram de fora da reabertura anunciada ontem pela Rússia para nove frigoríficos brasileiros (Germano Lüders/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 06h59.

Última atualização em 1 de novembro de 2018 às 07h19.

Escola sem Partido adiado

Em meio a bate boca entre deputados contrários e favoráveis ao projeto “Escola sem Partido”, o presidente da comissão especial que discute a pauta na Câmara, Marcos Rogério (DEM-RO), adiou a votação para uma nova sessão agendada para a próxima semana. Segundo ele, casos novos protestos sejam organizados, a reunião para a votação do texto pode ser feita a portas fechadas. O Escola sem Partido foi criado em 2004 para conter supostas doutrinações políticas e de gênero em escolas e universidades. Agora, voltou a ganhar força com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), um ferrenho defensor das medidas.

Supremo contra patrulhamento

Os ministros do Supremo Tribunal Federal acataram, por unanimidade, uma liminar da persidente da corte, ministra Cármen Lúcia, suspendendo decisões da Justiça Eleitoral que autorizaram a entrada de policiais em universidades para censurar manifestações e debates. O ministro Gilmar Mendes propôs que a decisão levasse em conta outras iniciativas de patrulhamento ideológico, como a criação de um canal aberto para que alunos denunciem supostas doutrinações de esquerda, feito pela deputada eleita em Santa Catarina Ana Caroline Campagnolo (PSL). “É inadmissível que num ambiente em que devia imperar o livre debate de ideias se proponha um policiamento político ideológico da rotina acadêmica”, disse Gilmar.

Uma coisa leva à outra

Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o posicionamento de ontem do Supremo sugere que a corte vote também pela inconstitucionalidade do Escola sem Partido. A visão predominante no tribunal é que o professor tem o direito de decidir a abordagem dentro de aula, e que o aluno tem o direito de discordar. “Não é a autoridade pública que vai fazer um filtro paternalista e antidemocrático”, disse o ministro Alexandre de Moraes.

JBS e BRF de fora

As duas maiores processadoras de carne do país, a JBS e a BRF, ficaram de fora da reabertura anunciada ontem pela Rússia para nove frigoríficos brasileiros, quase uma ano depois de proibir as importações de carnes bovina e suína. A reabertura do mercado russo entra em vigor em vigor nesta quinta-feira, segundo anunciou ontem o Serviço Sanitário da Rússia. Entre as empresas que podem voltar a exportar a maior beneficiada, segundo o jornal Valor, é a gaúcha Alibem. Além dela, a catarinense Aurora, a gaúcha Adelle Foods e a Agra, do Mato Grosso, também foram autorizadas. Entre os frigoríficos de carne bovina, o único beneficiado entre os grandes foi o Minerva.

Guedes sai da Bozano

O economista Paulo Guedes, futuro superministro da Economia, venderá suas ações na sociedade da Bozano Investimentos, segundo comunicou ontem à noite a companhia a seus clientes. A mudança seguirá a lei para servidores públicos, e deve ser consolidada até o dia primeiro de janeiro. A Bozano gere 2,8 bilhões de reais e recomprará a participação do sócio, para depois redistribuir as ações conforme o cumprimento de metas. Sérgio Eraldo de Salles, outro sócio, também deixa de participar da administraçõa da companhia, mas segue como acionista.

Reunião entre governos

A primeira reunião dos coordenadores do governo de transição ocorreu nesta quarta-feira (31), em Brasília, entre o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, nomeado pelo presidente Michel e o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), confirmado como futuro ministro da área e designado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para coordenar as atividades por parte do novo governo. Na próxima terça-feira (6), Bolsonaro deve desembarcar em Brasília para, pessoalmente, dar suas orientações sobre os trabalhos e se reunir com Temer. Ele disse que quer encontrar o presidente da República para agradecer o apoio e está confiante de que este período de transição será tranquilo. Ontem, Bolsonaro se reuniu com os assessores para definir as prioridades e já alguns nomes que vão compor sua futura equipe. Segundo o presidente eleito, a intenção é aprovar o que for possível ainda este ano, agilizando assim algumas medidas e evitando problemas. Ele não deu detalhes sobre suas preocupações específicas. Também anunciou que pretende fazer andar os projetos de extinção e privatização de estatais.

Bolsonaro X ambientalistas

A equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro confirmou ontem que os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente serão fundidos, como parte da promessa de campanha do capitão reformado do Exército de reduzir o número de ministérios, hoje em 29, para mais ou menos 15. O anúncio atraiu críticas de entidades de proteção ambiental e também do agronegócio, duas forças que normalmente aparecem em lados opostos. Para o Observatório do Clima — rede formada por várias organizações da sociedade civil, entre elas Greenpeace, SOS Mata Atlântica , WWF Brasil e Instituto Socioambiental — a fusão das pastas ameaça instituições e políticas públicas que guardam as riquezas naturais do país, base da qualidade de vida e desenvolvimento econômico. O grupo critica ainda o projeto de lei (PL 3729/2004) que propõe a criação de um novo marco legal para o licenciamento ambiental, uma das prioridades da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Em carta aberta, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura (formada por representantes do agronegócio, da academia e setor financeiro e ambiental) ressalta que a união desses ministérios “pode pôr em xeque um necessário equilíbrio de forças que precisa ser respeitado no âmbito das políticas públicas. Um órgão regulador não pode estar submetido a um setor regulado, por uma questão de coerência e boa governança”.

Bolsa sobe 10% no mês

O principal índice da bolsa de valores, o Ibovespa, terminou a quarta-feira (31) com alta de 0,62%, a 87.423 pontos. A alta veio após sessão volátil marcada por uma bateria de resultados corporativos e movimentos de realização de lucros, encerrando o mês com ganho de quase 10%. Em Nova York, o S&P 500 fechou com acréscimo de pouco mais de 1 por cento, mas terminou o mês com perda de 6,95%. As ações que tiveram maiores altas do dia foram as da Braskem e da Vale, com altas de 6,82% e 5,27%, respectivamente. Já as ações do Santander tiveram queda de 5,17%, e da RaiaDrogasil diminuíram 3,35%. O dólar terminou o dia com alta de 0,87%, valendo 3,723 reais.

Bitcoin completa dez anos

A criptomoeda Bitcoin, completou 10 anos nesta quarta-feira (31). Nesta tarde, o bitcoin estava sendo negociado a 6.292 dólares na bolsa BitStamp, levando os investidores que compraram a criptomoeda no final de outubro do ano passado a amargarem uma perda de cerca de 2,3 por cento em 12 meses. Um ano atrás, o bitcoin fechou a 6.443,22 dólares e avançou para o nível recorde de quase 20 mil dólares em dezembro. Dez anos atrás, Satoshi Nakamoto, fundador ainda não identificado da criptomoeda, divulgou um documento detalhando a necessidade de uma moeda online que poderia ser usada para pagamentos sem o envolvimento de terceiros, como um banco. Operadores e participantes do mercado disseram que a queda em 12 meses até esta data era inevitável, devido às perdas de cerca de 70% desde a cotação máxima e à contínua e incompleta adoção da criptomoeda como investimento por instituições financeiras institucionais.

Sem cidadania

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que a Constituição norte-americana não garante o direito de cidadania a todas as pessoas que nascem no país, afirmando que continuará com seus esforços para pôr fim a essa prática.”A chamada cidadania por nascimento, que custa bilhões de dólares ao nosso país e que é muito injusta com nossos cidadãos, acabará de um jeito ou de outro. Não é garantida pela 14ª Emenda… Muitos estudiosos do Direito concordam”, escreveu Trump em publicação no Twitter. Ontem, o presidente afirmou que não concederia cidadania aos filhos de imigrantes nascidos no país. A medida seria uma maneira de evitar a chegada da caravana de imigrantes latino-americanos. Estima-se que cerca de 10.000 imigrantes estejam chegando ao país pela fronteira com o México.

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