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Escândalos da igreja precisam de distinção, diz dom Odilo

O arcebispo acredita que é necessário distinguir as denúncias de escândalos sexuais, desvio de recursos e de divisão interna da Igreja


	O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer: Dom Odilo lembrou que a eleição do papa foi guiada pela inspiração do Espírito Santo, portanto Francisco saberá como agir.
 (Elza Fiúza/ABr)

O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer: Dom Odilo lembrou que a eleição do papa foi guiada pela inspiração do Espírito Santo, portanto Francisco saberá como agir. (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2013 às 12h40.

Vaticano – O arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, apelou hoje (14), em entrevista à Agência Brasil, para que seja feita uma distinção entre as denúncias de escândalos sexuais, desvio de recursos e de divisão interna da Igreja Católica Apostólica Romana. Para o arcebispo, é necessário punir os responsáveis. Dom Odilo, no entanto, evitou opinar sobre se as investigações estão entre as prioridades do papa Francisco.

O arcebispo defendeu que os responsáveis pelos desvios de comportamento sejam punidos e pediu que não se confundam indivíduos com a instituição da Igreja. “As pessoas devem ser responsabilizadas, não a instituição”, destacou.

Ao ser perguntado se as investigações serão levadas adiante pelo papa Francisco, dom Odilo evitou entrar em detalhes, mas foi incisivo: “A Igreja não aprova escândalos, nem os incentiva”. Para ele, apurar escândalos “é missão permanente dos papas. O papa Bento XVI deu a vida por isso. Tenho certeza que o papa Francisco vai continuar a fazer isso”, ressaltou.

Dom Odilo lembrou que a eleição do papa foi guiada pela inspiração do Espírito Santo, portanto Francisco saberá como agir. “A Patagônia tem muitos ventos”, disse o cardeal, lembrando da região que fica no Sul da Argentina em uma alusão ao país natal do novo papa. “O Espírito Santo sopra de onde quer e como quer.”

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