Servidores do Senado poderão optar por um dia de folga a cada três trabalhados ou converter o benefício em indenização financeira (Agência Senado)
Agência de notícias
Publicado em 1 de março de 2025 às 18h41.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), assinou uma portaria nesta sexta-feira, 1º, alterando a escala de trabalho de parte dos servidores da Casa. A medida permite que esses funcionários tenham direito a um dia de folga a cada três trabalhados .
A portaria também autoriza que as folgas não usufruídas sejam convertidas em indenização, chamada de licença compensatória. Isso significa que um servidor que trabalhe segunda, terça e quarta-feira poderá folgar na quinta — ou optar por receber uma compensação financeira no lugar do dia de descanso.
A medida foi publicada no Boletim Administrativo do Senado Federal e se aplica a servidores que acumulam funções de representação institucional em algumas áreas do Senado, como:
Segundo a portaria, o reconhecimento dos servidores elegíveis permitirá a concessão da licença compensatória na proporção de três dias úteis de trabalho para um dia de licença. No entanto, o benefício não será automático: os servidores precisarão solicitar a concessão à chefia responsável .
Outro ponto da portaria reforça que os servidores poderão escolher entre usufruir da folga ou vendê-la. Caso optem pela indenização, poderão requisitar o pagamento à Diretoria-Geral, o que significa que o valor será recebido em dinheiro em vez de convertido em tempo de descanso .
O Senado não se manifestou sobre a decisão.
A conversão de folgas em indenização tem sido amplamente utilizada no Judiciário. Como esses valores são classificados como indenizações, eles não estão sujeitos ao teto constitucional dos servidores públicos. Isso permite que magistrados e promotores recebam remunerações acima do limite legal, os chamados penduricalhos.
Um levantamento da ONG Transparência Brasil mostrou que, em apenas 16 meses, esses pagamentos somaram R$ 816 milhões .