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Era Nixon que grampeava todo mundo, diz Dilma rebatendo Moro

Dilma afirmou que o grampo da Presidência da República, sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), é um fato grave e fere a Lei de Segurança Nacional


	Nixon: Dilma afirmou que o grampo da Presidência da República, sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), é um fato grave e fere a Lei de Segurança Nacional
 (©AFP/Getty Images/File / David Mcnew)

Nixon: Dilma afirmou que o grampo da Presidência da República, sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), é um fato grave e fere a Lei de Segurança Nacional (©AFP/Getty Images/File / David Mcnew)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2016 às 12h53.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff voltou a criticar nesta sexta-feira, 18, a interceptação de uma conversa telefônica sua com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato.

Em discurso, Dilma rebateu também a referência feita pelo juiz Sérgio Moro ao escândalo de Watergate, no Estados Unidos, que culminou com a renúncia do então presidente Richard Nixon, em 1974.

"As situações são bem diferentes porque lá era o presidente que grampeava todo mundo. Este exemplo só mostra que nem mesmo um presidente pode grampear (ligações) sem autorização", afirmou, durante evento de entrega de residências do programa Minha Casa, Minha Vida, em Feira de Santana (BA).

Dilma afirmou que o grampo da Presidência da República, sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), é um fato grave e fere a Lei de Segurança Nacional, como ocorre em todas os países democráticos.

"O problema do grampo não é por ser comigo, a Dilma, mas por eu ser a Presidenta do Brasil", destacou, afirmando que tomará as providências cabíveis de modo a garantir também os direitos individuais de toda a população. "Qualquer brasileiro tem direito às mesmas garantias e proteção", disse.

"Se qualquer um for grampeado, ninguém terá direito de cidadania no País", acrescentou.

Dilma relembrou que apesar de ocupar a cadeira da Presidência atualmente, chegou a ser presa por três anos durante a década de 1970.

"Hoje, qualquer um pode ir às ruas, criticar, dizer o que pensa e se expressar livremente", afirmou, defendendo a manutenção dos valores democráticos e criticando a politização de instituições jurídicas e policiais.

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