De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do estado, além do efetivo, as equipes contam com o auxílio de 21 máquinas pesadas e quatro caminhões. (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 6 de fevereiro de 2019 às 11h24.
Última atualização em 6 de fevereiro de 2019 às 13h32.
Os bombeiros que trabalham nas buscas pelas vítimas da tragédia provocada pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) encontraram mais oito corpos soterrados pela lama, elevando para 150 o número de mortes confirmadas, e 182 pessoas estão desaparecidas, informou o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais nesta quarta-feira.
"São corpos que foram retirados da área do estacionamento, da ETM (Estação de Tratamento de Minério) e também dos arredores da região do vestiário. Então, esses três locais eram locais que nós já estimávamos que encontraríamos uma quantidade considerável de corpos, e essa expectativa foi confirmada", disse a jornalistas o tenente Pedro Aihara, porta-voz dos Bombeiros, em entrevista coletiva em Brumadinho.
"Essa situação foi possível somente agora, porque, como eu já havia abordado em coletivas anteriores, foi necessário fazer uma escavação bastante profunda, e aí nós conseguimos acessar essa quantidade de corpos", afirmou o porta-voz, acrescentando que os bombeiros ainda utilizam maquinário pesado para encontrar corpos sob a lama.
O rompimento da barragem de rejeitos de mineração da mina Córrego do Feijão, ocorrida em 25 de janeiro, lançou uma avalanche de lama que devastou o centro administrativo da Vale, incluindo um refeitório onde várias pessoas almoçavam. Também foram atingidas e destruídas uma pousada que ficava na região e diversas partes da cidade de Brumadinho.
Entre os 150 mortos confirmados, 134 corpos foram identificados, de acordo com os números divulgados pelas autoridades nesta quarta-feira.
Ontem (5), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pela libertação de cinco pessoas presas no dia 29 de janeiro, acusadas de envolvimento no rompimento da barragem. Entre elas estão engenheiros, geólogos e outros técnicos da Vale e da empresa que assinou laudo assegurando as condições de segurança da barragem.