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Equipe que combateu ebola vem ao Brasil para ajudar com zika

Eles vão se juntar à rede de pesquisadores paulistas que foi formada em caráter emergencial para responder ao surto


	Reforço: os profissionais vão se juntar à rede de pesquisadores paulistas que foi formada em caráter emergencial para responder ao surto
 (Kenzo Tribouillard/AFP)

Reforço: os profissionais vão se juntar à rede de pesquisadores paulistas que foi formada em caráter emergencial para responder ao surto (Kenzo Tribouillard/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2016 às 09h18.

São Paulo - Quatro dos cinco pesquisadores do Senegal que participaram ativamente do combate à epidemia de ebola na África desembarcaram ontem em São Paulo para ajudar cientistas brasileiros a lidar com o zika vírus.

O chefe da equipe, um renomado especialista em controle de epidemias, deve chegar na sexta-feira, 8.

Eles vão se juntar à rede de pesquisadores paulistas que foi formada em caráter emergencial para responder ao surto e é coordenada pelo pesquisador Paolo Zanotto, da Universidade de São Paulo (USP).

A previsão é de que a equipe do Senegal passe pelo menos uma semana no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), trocando informações e treinando pesquisadores brasileiros em técnicas de isolamento e cultivo do vírus. "Os dias que o vírus zika era invisível estão contados", disse Zanotto à reportagem.

A grande dificuldade em responder à epidemia é que muito pouco se sabe sobre o zika, que praticamente não existia no país até o ano passado.

Para montar uma estratégia eficiente de combate, os cientistas precisam entender melhor como ele funciona, seu ciclo na natureza, como interage com o mosquito Aedes aegypti e como ele se comporta dentro do organismo humano.

A maioria das pessoas infectadas não apresenta sintomas e não se sabe ainda como o vírus interfere no desenvolvimento do sistema nervoso dos fetos, levando à microcefalia.

Precaução

Sem esse conhecimento básico, não há como planejar qualquer tipo de intervenção - além da precaução básica de se evitar contato com o mosquito.

Uma das prioridades é acelerar o desenvolvimento de testes rápidos de diagnóstico, que permitam detectar e rastrear a disseminação do vírus.

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