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Equipe médica descarta cirurgia de emergência em Bolsonaro

Presidente deve permanecer em intenso "tratamento clínico conservador", inicialmente sem a necessidade de cirurgia. Nota divulgada informou que avaliações clínicas, laboratoriais e de imagem já foram feitas

Presidente Jair Bolsonaro. (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Presidente Jair Bolsonaro. (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 15 de julho de 2021 às 06h00.

Última atualização em 15 de julho de 2021 às 07h57.

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A equipe médica do hospital Vila Nova Star, em São Paulo, informou na noite de quarta-feira, 14, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve permanecer em intenso "tratamento clínico conservador", inicialmente sem a necessidade de cirurgiaUma nota divulgada na noite de quarta-feira informou, ainda, que o presidente será submetido a uma nova bateria de exames clínicos e laboratoriais nesta quinta-feira (15).

Com obstrução intestinal e dores no abdome, o presidente deu entrada no início da noite de quarta-feira no hospital Vila Nova Star. Bolsonaro foi transferido para a capital paulista após permanecer internado em Brasília ao longo do dia, onde passou por uma série de exames no Hospital das Forças Armadas.

O médico Antônio Luiz Macedo, que foi responsável por operar o presidente no fim de 2018 - quando Bolsonaro foi atingido por uma facada, durante sua campanha eleitoral -, decidiu pela transferência para a capital paulista após analisar o quadro clínico de Bolsonaro.

"Toda situação de obstrução intestinal tem sua gravidade. Ele vai ser acompanhado de perto, sobretudo com exame clínico, que é o mais importante nessa situação", afirmou Macedo, em entrevista à Jovem Pan. "Muitas vezes com jejum, hidratação e medicação o quadro reverte sem a necessidade de cirurgia."

Bolsonaro já passou por algumas cirurgias em decorrência da facada que recebeu no dia 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora no interior de Minas. Desde a semana passada, o presidente vinha se queixando de uma crise de soluços. O incômodo ficou claro na live semanal da última quinta-feira. Na ocasião, Bolsonaro chegou a pedir desculpas logo no início da transmissão. "Peço desculpas. Estou há uma semana com soluços, talvez eu não consiga me expressar adequadamente."

O quadro de saúde suspende toda a agenda que Bolsonaro teria pelos próximos dias.

Crise crônica de soluço

Bolsonaro, com 66 anos, foi hospitalizado de madrugada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, por orientação da equipe médica para determinar a origem de uma crise crônica de soluço que vinha afetando o presidente há vários dias, de acordo com nota da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Segundo o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, o pai chegou a ser levado para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e precisou ser intubado.

"Ele foi realmente para uma Unidade de Tratamento Intensivo para ficar em observação, com cuidados melhores. Chegou a ser intubado, sim, para evitar que ele broncoaspirasse o líquido que estava vindo do seu estômago. Isso já havia acontecido em uma cirurgia passada que ele fez", disse o filho do presidente em entrevista à rádio Jovem Pan.

A decisão de levar Bolsonaro de Brasília para o hospital Vila Nova Star, em São Paulo, foi tomada pelo cirurgião Antonio Macedo, que operou Bolsonaro algumas vezes depois da cirurgia de emergência a que ele se submeteu na Santa Casa de Juiz de Fora (MG) logo após levar uma facada durante um evento da campanha eleitoral de 2018.

"Após exames realizados no HFA, em Brasília, o dr. Macedo, médico responsável pelas cirurgias no abdômen do presidente da República, decorrentes do atentado a faca ocorrido em 2018, constatou uma obstrução intestinal e resolveu levá-lo para São Paulo, onde fará exames complementares para definição da necessidade, ou não, de uma cirurgia de emergência", disse a nota da Secom.

Após a divulgação da nota do governo, Bolsonaro disse em sua conta no Twitter que enfrenta um novo desafio decorrente do atentado a faca que sofreu durante a campanha eleitoral. "Mais um desafio, consequência da tentativa de assassinato", escreveu o presidente no tuíte.

Em uma postagem com uma foto dele no leito do HFA, Bolsonaro afirmou: "Estaremos de volta em breve, se Deus quiser."

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