Brasil

Equipe de Thomaz Bastos deixa defesa de Cachoeira

Informação é da advogada Dora Cavalcanti, que revelou surpresa da equipe com a atitude da mulher de Cachoeira, Andressa, ao tentar chantagear o juiz Alderico da Rocha

Carlinhos Cachoeira acompanhado do advogado Márcio Thomaz Bastos, que saiu de sua defesa hoje (Agência Brasil)

Carlinhos Cachoeira acompanhado do advogado Márcio Thomaz Bastos, que saiu de sua defesa hoje (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 12h01.

Brasília- O escritório de advocacia do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos deixou a defesa do empresários Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, disse nesta terça-feira a advogada Dora Cavalcanti.

Segundo ela, a saída já estava combinada com a família de Cachoeira. "Já estava acertado que nós deixaríamos a defesa depois dos depoimentos na Justiça de Goiânia", disse Dora à Reuters.

Cachoeira prestou depoimento na 11ª Vara de Justiça de Goiás na semana passada, mas permaneceu calado.

A advogada afirmou que não houve nenhum desentendimento entre o cliente e os defensores. Cachoeira, preso desde fevereiro em Brasília acusado de comandar uma rede de jogos ilegais, também é alvo de uma CPI no Congresso que apura suas ligações com políticos e empresários.

Dora Cavalcanti revelou que surpreendeu a equipe a atitude da mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, que tentou chantagear o juiz Alderico da Rocha Santos na semana passada.

"Nós ficamos surpresos com a atitude dela, mas isso não determinou a nossa saída, que já estava acertada com a família', explicou Dora.

Andressa foi detida pela Polícia Federal de Goiânia na segunda-feira para prestar explicações sobre a ameaça que fez ao magistrado. Ela teria dito ao juiz que um dossiê contra ele seria divulgado pela mídia se ele não determinasse a soltura de Cachoeira, que está preso em Brasília desde fevereiro.

Por conta da ameaça, a Justiça determinou o pagamento de fiança de 100 mil reais por parte de Andressa e a impediu de manter contato com pessoas denunciadas pela operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Com isso, ela não poderá visitar Cachoeira na prisão.

A advogada não soube informar quem vai passar a compor a defesa de Cachoeira.

Acompanhe tudo sobre:Carlinhos CachoeiraCorrupçãoEscândalosFraudesJustiçaPolítica no BrasilPolíticos

Mais de Brasil

Lula foi monitorado por dois meses pelos 'kids pretos', diz PF

Tentativa de golpe de Estado: o que diz o inquérito da PF sobre plano para manter Bolsonaro no poder

A importância de se discutir as questões climáticas nos livros didáticos

Bolsonaro planejou e dirigiu plano de golpe de Estado, afirma PF