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Equipe de Dilma prepara reajuste real do Bolsa Família

Equipe de transição avalia dar um reajuste acima da inflação para os benefícios do Bolsa Família

Equipe de transição de Dilma Rousseff já planeja alterar o valor do Bolsa Família (Sergio Dutti/Veja)

Equipe de transição de Dilma Rousseff já planeja alterar o valor do Bolsa Família (Sergio Dutti/Veja)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2011 às 13h42.

Brasília - A equipe de transição da presidente eleita, Dilma Rousseff, avalia a concessão de um reajuste acima da inflação para os benefícios do Bolsa Família. De acordo com análise feita no governo, a reposição de pouco mais de 9% da inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) desde o último reajuste não seria suficiente para começar a tirar do papel a promessa de erradicar a pobreza extrema no País, feita durante a campanha ao Planalto.

Em maio de 2009, quando ocorreu reajuste do Bolsa Família, o benefício passou a variar de R$ 22 a R$ 200, dependendo do grau de pobreza e da quantidade de filhos da família. Neste ano o valor ficou congelado por causa da eleição. O projeto de lei do Orçamento da União enviado ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva tampouco prevê reajuste. A decisão ficará para Dilma. Os gastos anuais do programa estão estimados em R$ 13,4 bilhões.

Hoje, o País tem 8,9 milhões de miseráveis, depois da queda de 12% para 4,8% do porcentual da pobreza extrema observada entre 2003 e 2008. Esses são dados usados pelo Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família. O número de pobres varia porque não existe uma linha de pobreza única no Brasil.

“O que está em jogo não é apenas o impacto financeiro do reajuste, é preciso eliminar a pobreza extrema”, disse a ministra Márcia Lopes (Desenvolvimento Social), que trabalha “cenários” para a concessão do próximo reajuste. Segundo ela, a nova etapa do Bolsa Família vai depender também dos resultados do Censo, esperados para dezembro. Neles, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fará um retrato mais fiel da pobreza do País. imite de dois. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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