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Entrega diária de 1 milhão de doses da Pfizer será rotina até o fim do ano

O Brasil adquiriu em dois contratos um total de 200 milhões de doses de vacina da Pfizer. Mais de 19 milhões já foram entregues

Chegada de Miami das vacinas da Pfizer no aeroporto de Viracopos em Campinas - SP. (Leandro Fonseca/Exame)

Chegada de Miami das vacinas da Pfizer no aeroporto de Viracopos em Campinas - SP. (Leandro Fonseca/Exame)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 24 de julho de 2021 às 08h35.

A megaoperação de 13 dias que a Pfizer/BioNTech montou para entregar 1 milhão de doses de vacina contra a covid-19 por dia desde a última terça-feira, 20, será uma rotina na distribuição do laboratório até o fim do ano. A previsão foi revelada por Lucila Mouro, diretora de vacinas da Pfizer Brasil, em entrevista exclusiva à EXAME.

“O nosso status quo vai ser agora de megaoperação porque o número de doses, que vai ser entregue em agosto e em setembro, e também nos últimos três meses do ano, vai seguir esse volume muito parecido, com média semanal muito parecida com o que vamos viver nessas próximas duas semanas”, disse Lucila Mouro em entrevista.

Até o momento, o laboratório já entregou ao Brasil mais de 19 milhões de doses. E para acelerar ainda mais o processo de entregas, montou uma megaoperação para enviar mais de 13 milhões de vacinas em duas semanas, até o dia 1⁰ de agosto. Essa entrega em volume milionário é um teste para transportar diariamente o montante contratado pelo governo brasileiro.

O Ministério da Saúde fechou dois contratos para a compra de vacinas com a Pfizer. O primeiro contempla 100 milhões de doses até o fim de setembro, e o segundo, com mais 100 milhões de doses, com entregas no último trimestre de 2021.

“Estamos muito confiantes com tudo o que desenvolvemos até agora, além das parcerias com todas as entidades. Já temos mais de 800 milhões de doses entregues em mais de 100 países e uma taxa de efetividade de entrega de 99%”, ressalta Lucila Mouro.

A primeira megaentrega é feita via aeroporto de Viracopos, em Campinas, e as vacinas vêm da fábrica da Pfizer em Kalamazoo, no estado do Michigan, nos Estados Unidos. Elas então são transportadas até Miami, e depois em um voo direto ao Brasil. Em território nacional, o imunizante é transportado ao centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos, para ser enviado aos estados.

A partir de agosto, as doses podem vir da fábrica que fica em Puurs, na Bélgica. A Pfizer não descarta a possibilidade de receber autorização de importar a vacina de outras plantas espalhadas pelo mundo.

Como funciona a vacina da Pfizer?

A vacina do laboratório Pfizer/BioNTech usa a nova tecnologia chamada de genética do RNA mensageiro. Dentro do imunizante há uma proteína do coronavírus que estimula o corpo a produzir anticorpos e impedir a infecção.

Ela é aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias e tem eficácia global de 95%. No Brasil, o Ministério da Saúde optou por usar com intervalo de três meses, o mesmo usado em outros países, como o Reino Unido.


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