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Entra em vigor, de forma obrigatória, o acordo ortográfico

O acordo começou a ser aplicado em 2009, mas até o momento não era obrigatório

13,2 milhões de adultos ainda não sabem ler (Leonardo Harim/ TV Brasil – EBC)

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Da Redação

Publicado em 1 de janeiro de 2016 às 13h55.

São Paulo, 1 jan (EFE).- O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que foi assinado pelos países lusófonos em 1990 a fim de unificar a ortografia, entrou nesta sexta-feira em vigor no Brasil de forma obrigatória.

O acordo, que unifica e simplifica a forma de escrever o português nos oito países em que o idioma é oficial, tinha começado a ser aplicado em 2009 no país, mas até o momento não era obrigatório.

A previsão inicial era que as regras fossem iniciadas oficialmente a partir de 1º de janeiro de 2013, mas, após várias polêmicas e críticas por parte de linguistas, o governo decidiu adiar sua obrigatoriedade até o primeiro dia de 2016.

A unificação ortográfica do português foi estipulada em 1990 por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Timor-Leste uniu-se ao acordo em 2004 após sua independência.

Apesar da assinatura do acordo, cada um dos membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa tem autonomia para definir a data de ratificação, de entrada em vigor e de aplicação de forma obrigatória das normas.

O Brasil será agora o terceiro dos oito países que aplicará as normas de forma obrigatória, junto com Portugal e Cabo Verde.

A reforma ortográfica estabelece cerca de 20 bases de mudanças na língua portuguesa, tais como novas regras para o uso do roteiro, a inclusão das letras "k", "w" e "y" no alfabeto, que passará de 23 a 26 sinais gráficos, assim como novas regras de acentuação.

De acordo com o ministério da Educação, o acordo alterou 0,8% dos vocábulos da língua portuguesa no Brasil e 1,3% em Portugal.

Segundo o governo, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa tem como objetivo facilitar a troca cultural e cientista e ampliar a divulgação do idioma e da literatura na língua portuguesa. EFE

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