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Ensino médio piora em nove estados, aponta Ideb

MEC divulgou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, Ideb; entre 2009 e 2011, o desempenho do ensino médio subiu apenas 0,1 ponto


	Escola pública: ensino médio tem avanço baixo em comparação com fundamental
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Escola pública: ensino médio tem avanço baixo em comparação com fundamental (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2012 às 20h09.

Brasília – Se os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011 indicam melhora na qualidade nos primeiros anos do ensino fundamental, os resultados não são animadores na educação do ensino médio.

Entre 2009 e 2011, o Ideb do ensino médio subiu apenas 0,1 ponto, passando de 3,6 para 3,7. A meta nacional esperada para o período foi atingida, mas em nove estados o índice piorou em relação à edição anterior.

  Ideb 2009 Ideb 2011 Meta 2011
Rondônia 3,7 3,7 3,5
Acre 3,5 3,5 3,5
Amazonas 3,3 3,5 2,7
Roraima 3,4 3,6 3,8
Pará 3,1 2,8 3,1
Amapá 3,1 3,1 3,2
Tocantins 3,4 3,6 3,4
Maranhão 3,2 3,1 3
Piauí 3 3,2 3,2
Ceará 3,6 3,7 3,6
Rio Grande do Norte 3,1 3,1 3,2
Paraíba 3,4 3,3 3,3
Pernambuco 3,3 3,4 3,3
Alagoas 3,1 2,9 3,3
Sergipe 3,2 3,2 3,6
Bahia 3,3 3,2 3,2
Minas Gerais 3,9 3,9 4,1
Espírito Santo 3,8 3,6 4,1
Rio de Janeiro 3,3 3,7 3,6
São Paulo 3,9 4,1 3,9
Paraná 4,2 4 3,9
Santa Catarina 4,1 4,3 4,1
Rio Grande do Sul 3,9 3,7 4
Mato Grosso do Sul 3,8 3,8 3,6
Mato Grosso 3,2 3,3 3,4
Goiás 3,4 3,8 3,5
Distrito Federal 3,8 3,8 3,9

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, argumentou que “internacionalmente” o ensino médio continua sendo um “grande desafio” para qualquer sistema educacional. Ele defendeu que o currículo da etapa precisa ser reformulado porque é muito sobrecarregado. Em algumas redes de ensino, o total de disciplinas chega a 19. “É uma sobrecarga muito grande que não contribui para você ter foco nas disciplinas essenciais, como língua portuguesa, matemática e ciências”, disse.

Outro problema do ensino médio, segundo Mercadante, é a falta de professores com formação específica para algumas áreas, como matemática e ciências, além da alta concentração de matrículas no turno noturno – 30% dos jovens do ensino médio estudam à noite.

Vera Masagão, coordenadora-geral da organização não governamental Ação Educativa, aponta que o ensino médio é um nível subfinanciado. “A gente precisa de um investimento muito forte em qualidade e não é à toa que a matrícula também está aquém, poderia haver muito mais jovens matriculados no ensino médio que estão fora da escola”, disse.

Mercadante não quis comentar os resultados dos estados que tiveram Ideb inferior ao registrado em 2009. “Uma mesma região tem estados e cidades que evoluíram muito mais que outros. Há especificidades, a gestão na ponta. O professor na sala de aula, o diretor da escola, o secretário municipal. Vamos olhar essa informação e tentar tirar lições para avançar”, disse. O ministro aposta que a educação em tempo integral pode ser uma “grande resposta” para melhorar a qualidade do ensino.

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