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Ensino fundamental melhora no país, mas médio não avança

Os estudantes do 1º ao 5º ano tiveram média de 5,2 pontos, 0,2 acima da última avaliação, em 2011


	Aula: no ensino médio, Ideb não apresentou nenhum avanço entre avaliações de 2011 e 2013
 (Getty Images)

Aula: no ensino médio, Ideb não apresentou nenhum avanço entre avaliações de 2011 e 2013 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 16h40.

Brasília - O Índice Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) manteve sua evolução nos anos iniciais do ensino fundamental.

Os estudantes do 1º ao 5º ano tiveram média de 5,2 pontos, 0,2 acima da última avaliação, em 2011, e 0,3 acima da média projetada pelo Ministério da Educação para a avaliação de 2013.

Já o ensino médio, onde a rede de ensino tem tradicionalmente mostrado uma evolução menor, o Ideb não apresentou nenhum avanço entre as avaliações de 2011 e 2013, mantendo-se em 3,7. A meta para 2013 era de 3,9.

Os anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, tiveram um pequeno avanço, de 0,1, chegando a 4,2, mas, como o ensino médio, está abaixo da meta estipulada para 2013, que era de 4,4 pontos.

De acordo com os dados apresentados nesta sexta-feira, 05, pelo Ministério da Educação, os dados dos anos finais desaceleraram a melhora. Em 2011, a média nacional havia chegado a 4,1, 0,3 ponto acima da meta colocada.

"A diferença até agora era de 0,2 pontos. Esse ano a meta era maior, comparativamente", explica o presidente do Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas em Educação, Francisco Soares.

Nos anos finais, apenas cinco estados cumpriram a meta. Entre os municípios, apenas 39,6% deles alcançaram o objetivo.

No estado de São Paulo, apenas 26,4% das redes municipais atingiram a meta. No ensino médio, também apenas quatro estados conseguiram atingir a meta.

A manutenção da média no ensino médio se deve, basicamente, ao componente de rendimento, que inclui diminuição nos dados de evasão e repetência.

A nota média caiu, na verdade. De 4,57 pontos para 4,44. "Continuamos a melhorar na permanência. O indicador de rendimento melhorou", afirmou o presidente do Inep.

Os anos iniciais do ensino fundamental são aqueles que ainda mostram melhor resultado e se mantém acima da meta proposta pelo MEC desde 2007.

Os resultados mostram que o avanço aconteceu tanto nos indicadores de rendimento quando na nota média, que alcançou 5,56, 0,13 acima de 2011.

"As crianças dos ano finais estão frequentando escolas onde há muito mais aprendizagem. Hoje são 4,82 milhões de crianças estudando em escolas com Ideb acima de 5", afirmou Francisco Soares.

São Paulo

O resultado do Ensino Fundamental apresentou melhora em São Paulo, principalmente nas séries iniciais, segundo dados do Ideb.

Nos anos iniciais, o estado alcançou uma nota de 5,8 em 2013, em comparação aos 5,4 de 2011, ficando na terceira colocação no ranking geral.

Nos anos finais, a nota foi de 4,4, estável em relação ao último Ideb.

O estado de Minas Gerais ficou com o melhor resultado do País: 5,9 nas séries iniciais e 4,6 nas finais, ante 5,8 e 4,6, respectivamente, em 2011.

Santa Catarina aparece em segundo lugar nos anos iniciais, também com 5,9. Nas séries finais, Goiás assumiu o segundo posto, com nota de 4,5.

Nos primeiros anos do Ensino Fundamental, 21 estados melhoraram suas notas: Minas Gerais; Santa Catarina; São Paulo; Paraná; Distrito Federal ; Goiás; Rio Grande do Sul; Espírito Santo; Mato Grosso; Rondônia; Acre; Tocantins; Ceará; Rio de Janeiro; Roraima, Amazonas, Paraíba, Rio Grande do Norte; Sergipe e Alagoas. Entre os que pioraram estão Maranhão, Pará. Mato Grosso do Sul, Piauí e Bahia se mantiveram estáveis.

Já nas séries finais, um total de 14 estados apresentaram resultados melhores: Minas Gerais; Goiás; Acre; Ceará; Rio Grande do Sul; Rio de Janeiro; Mato Grosso do Sul; Rondônia; Amazonas; Pernambuco; Rio Grande do Norte; Paraíba; Bahia; Alagoas. São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Distrito Federal, Piauí e Maranhão tiveram estabilidade nos resultados. Houve queda em Santa Catarina, Mato Grosso, Tocantins, Roraima, Pará, Amapá e Sergipe.

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