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Enem tem abstenção de mais de 50% e bate recorde

Para ministro da Educação, o "medo a respeito da contaminação" e a "mídia" afastaram os estudantes dos locais da prova

Milton Ribeiro, ministro da Eduçação: absentísmo recorde do Enem é culpa da covid (Youtube/Reprodução)

Milton Ribeiro, ministro da Eduçação: absentísmo recorde do Enem é culpa da covid (Youtube/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de janeiro de 2021 às 21h19.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve abstenção de mais de 50%, um recorde histórico. Em coletiva de imprensa neste domingo, 17, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, culpou "o medo a respeito da contaminação" e a "mídia", que, segundo ele, fez um trabalho contrário ao Enem. Faltaram ao primeiro dia de provas 2,8 milhões de candidatos.

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, e Ribeiro, realizaram coletiva com o balanço do primeiro dia de aplicação do Enem, que ocorreu neste domingo em todo País, à exceção do Estado do Amazonas, em que as provas foram adiadas por causa do estado de calamidade pública causado pela pandemia de covid-19.

Os candidatos fizeram as provas objetivas de linguagens e ciências humanas, com 45 questões cada, e a prova de redação. Os portões foram abertos às 11h30 - meia hora mais cedo que o habitual, para evitar aglomerações na entrada. As provas começaram a ser aplicadas às 13h30, com término às 19h.

Os candidatos do Enem que apresentaram sintomas ou diagnóstico de Covid-19 na véspera ou no primeiro dia de prova poderão solicitar a reaplicação da prova entre os dias 25 e 29 de janeiro, na página do participante.

Estudantes do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande Sul relataram não terem conseguido acessar os locais de prova por decisão das equipes de aplicação locais. O Inep ainda não se pronunciou sobre estes casos. Também foram vistas aglomerações em escolas e locais de aplicação, apesar da recomendação de uso de máscaras e distanciamento social.

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