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Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2013 às 23h09.
Brasília - Balanço divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Educação mostra que o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) 2013 recebeu 7.834.024 inscrições, um aumento de 26% em relação ao ano passado.
Os números indicam que 90% dos alunos que concluem este ano o ensino médio se inscreveram. "Estamos muito próximos de ser um exame universal para os concluintes", comemorou o ministro da Educação, Aluizio Mercante.
Estima-se que 1,8 milhão de alunos concluam este ano o ensino médio. De acordo com números reunidos pelo MEC, 1,6 milhão se inscreveram para o ENEM 2013. Mercadante atribuiu a ampliação da procura a uma combinação de fatores: o exame é a porta de acesso para políticas públicas como o Fies, o ProUni e o sistema de cotas e também para o Ciência sem Fronteiras.
Hoje alunos já matriculados em cursos universitários fazem o exame em busca dos pontos necessários para concorrer a uma vaga do programa, disse o ministro.
A análise das inscrições mostra que a maior parte dos inscritos já concluiu o Ensino Médio (4.548.470). A faixa etária entre 21 e 30 anos, por sua vez, corresponde a 30% das inscrições. "O aumento mostra o tamanho da vontade do povo brasileiro de estudar", disse.
O ministério terá de fazer adaptações para atender a demanda. A partir de agora, disse, preparativos para logística, impressão das provas, local da realização dos exames e fiscalização terão de ser avaliados. "Vamos trabalhar com um novo cenário." Ainda não há previsão de qual será o custo da prova.
Os números, no entanto, são ainda parciais. Inscritos que não se encaixam no critério de isenção têm de demonstrar o pagamento de taxa para fazer a prova. O prazo termina hoje e, de acordo com Mercadante, não será prorrogado. Ano passado, cerca de 200 mil inscrições não foram pagas.
"Quem não tiver o comprovante, não participará da prova", afirmou. A taxa, de R$ 35, não precisa ser paga por aqueles que se encaixam nos critérios de isenção: os que concluíram ensino médio em escola da rede pública declarada ao Censo Escolar da Educação Básica em 2013 e os que têm renda familiar per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio.
O ministro admitiu que o sistema de inscrição sofreu dois ataques de hackers, um de pequeno, outro de médio porte. O problema, em um dos múltiplos acessos, demorou cerca de quinze minutos. "Não era a única porta. O problema foi corrigido", disse.
Ele exibiu as estatísticas do último dia de inscrição para comprovar que a falha momentânea não teve reflexos negativos para alunos. "Chegamos a fazer 3 mil inscrições por minuto. Isso mostra que tivemos eficiência, competência e preparo."