Alunos estudando: segundo a PF, vazamento na Bahia foi restrito a um estudante (Arquivo/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2011 às 18h36.
O Ministério da Educação (MEC) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que deu por encerrada a questão do vazamento parcial do tema da redação ocorrido em Juazeiro (BA) da edição 2010 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com isso, segundo o MEC, a edição deste ano será mantida.
A exceção são os cerca de 2.800 alunos prejudicados com trocas do caderno de provas amarelas. Segundo o MEC, a prova para esta parcela de estudantes deverá ocorrer às 13 horas do dia 15 de dezembro.
Vazamento
Após investigações em Juazeiro, a Polícia Federal (PF) concluiu que uma professora de Remanso (BA), que aplicou a prova no Colégio Ruy Barbosa, na mesma cidade, teve acesso ao texto que baseou a prova de redação. Ela abriu um caderno de questões destinado a deficientes visuais duas horas antes do início das provas.
Em depoimento, segundo a PF, a professora afirmou que, após folhear rapidamente o caderno, telefonou para seu marido, que passou informações sobre a redação ao filho. O jovem estava em Petrolina (PE), onde consultou professores antes de entrar no local para realizar a prova. A denúncia sobre o vazamento foi feita à polícia por um desses professores.
O MEC afirmou em nota que "o caso apurado em Juazeiro está circunscrito a um estudante, e o procedimento administrativo padrão é a eliminação do candidato no exame". A nota alega que o sigilo do tema da redação foi mantido, pois a professora vazou um dos textos de apoio (cujo tema foi "O que é o trabalho escravo"), e não o tema principal da redação ("O trabalho na construção da dignidade humana").
"Isso não ocorreu por acaso. A elaboração do tema da redação é feita de tal forma que um simples olhar sobre o caderno de questões não é suficiente para identificá-lo. É preciso uma leitura atenta e acurada", acrescentou a nota.