Prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (Governo de SP/Flickr)
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Publicado em 16 de abril de 2024 às 18h50.
Última atualização em 16 de abril de 2024 às 19h07.
A Enel apresentou ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, nesta terça-feira, 16, um plano estruturado de ações para estimular a resiliência de sua rede elétrica.
O plano prevê um investimento total de cerca de R$ 6,2 bilhões no período de 2024 a 2026 na área de concessão, que abrange a capital paulista e 23 municípios do estado. A iniciativa representa um aumento considerável no investimento anual da Enel São Paulo, de uma média de R$ 1,4 bilhão desde a aquisição da Eletropaulo para aproximadamente R$ 2 bilhões, informa a Enel em nota.
A companhia também pretende contratar até 1200 novos colaboradores para garantir uma resposta de maior qualidade às demandas dos clientes.
Além do reforço das equipes de profissionais em campo, a distribuidora informou que intensificará as manutenções preventivas, aumentará o número de podas preventivas e modernizará a rede elétrica.
“Estamos sempre disponíveis para implementar ações concretas que melhorem a qualidade do serviço prestado na nossa área de concessão. Nesse contexto, se insere o plano que apresentamos hoje que identifica uma série de soluções que vão contribuir para reduzir o número de interrupções de energia e o tempo médio de atendimento aos clientes”, diz o presidente da Enel Brasil, Antonio Scala.
No planejamento para a poda de árvores, que caem durante tempestades e interrompem o fornecimento de energia, a Enel apresentou uma proposta para renovar um convênio com a prefeitura e dobrar o número de podas preventivas realizadas por ano, com a execução de cerca de 600 mil podas/ano na área de concessão.
Já o prefeito Ricardo Nunes reforçou sua preocupação com a qualidade do serviço prestado à população.
"Muitas obrigações, principalmente de poda de árvores, dependem da atuação prévia das equipes da Enel. Vou continuar a fiscalização e cobrança por mais empenho da empresa, além de buscar no ente Federal alteração na Lei para ampliar esse poder por parte da Prefeitura. No entanto, diante da abertura de novo diálogo e protocolo de ações emergenciais proposto, fica meu voto de confiança”, afirmou, em nota.
A proposta da Enel é anunciada após as ocorrências de fortes chuvas que atingiram a capital e outros munípios do estado em novembro de 2023. A Aneel também aplicou uma multa de R$ 165 milhões à Enel por falhas no restabelecimento da energia após esses eventos.
Em 4 de abril, vários bairros do centro de São Paulo, incluindo a região do Mercado Municipal, sofreram um apagão que durou mais de 24 horas devido ao furto de cabos da rede subterrânea, após uma falha em equipamentos da Enel. Isso causou prejuízos aos comerciantes e moradores.
O edifício Copan e a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo também foram afetados, e muitos pacientes perderam consultas e procedimentos médicos.