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Encontrar a solução para Engenhão levará até 2 meses

Ainda não há qualquer estimativa para a reabertura da arena que será utilizada na Olimpíada de 2016 para as provas de atletismo, disse a prefeitura


	Engenhão: estádio está interditado por tempo indeterminado devido a problema encontrado na estrutura de sua cobertura.
 (ISMAR INGBER/VEJA RIO)

Engenhão: estádio está interditado por tempo indeterminado devido a problema encontrado na estrutura de sua cobertura. (ISMAR INGBER/VEJA RIO)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 17h30.

Rio de Janeiro- Engenheiros vão precisar de um a dois meses para encontrar uma solução para o problema encontrado na estrutura da cobertura do Engenhão, que provocou a interdição do estádio por tempo indeterminado, informou a prefeitura do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira.

Ainda não há qualquer estimativa para a reabertura da arena, que foi construída para os Jogos Pan-Americanos de 2007 e que será utilizada na Olimpíada de 2016 para as provas de atletismo.

"Acabamos de receber relatório sobre o estádio. Ele não vem atrelado com soluções. É um problema sério. Não dá para prever quanto tempo para reabrir. Precisaremos de 30 a 60 para o estudo da solução, e com a solução podemos fazer perspectiva", disse a jornalistas o presidente da empresa municipal de obras do Rio, a RioUrbe, Armando Queiroga.

A cobertura em balanço do estádio, considerada por especialistas como uma obra desafiadora, vinha sendo monitorada desde a conclusão da obra, em 2007. Um primeiro problema foi identificado em 2009, quando se apontaram os primeiros riscos para a cobertura em caso de ventos acima de 115 Km/h. Como essas rajadas são incomuns na cidade, o Engenhão não foi interditado, mas o monitoramento foi aprofundado.

Um novo relatório deste ano realizado por uma empresa internacional apontou para um risco de desabamento de parte da estrutura caso os ventos superassem 63 km/h no local, o que levou a prefeitura da cidade a interditar a arena.

As coberturas das alas oeste e leste, onde ficam a maior parte dos assentos dos espectadores, estavam comprometidas, segundo os especialistas.

De acordo com os engenheiros e a prefeitura, o deslocamento dos arcos de suporte que dão apoio às coberturas foi 50 % maior que o permitido.


"O deslocamento estava previsto, mas foi superior", disse Marcos Vidigal, representante do consórcio Engenhão que é responsável pela manutenção do estádio. "Dependendo do vento, intensidade, direção, poderia ocorrer a ruína (da cobertura)." Na terça, quando foi anunciada a interdição do estádio, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) cogitou a possibilidade de o problema ser um erro de projeto. Nessa, quarta-feira, os engenheiros foram mais cautelosos ao falar de projeto de arquitetura e execução da obra.

A prefeitura, dona da arena que está sob administração do Botafogo por concessão desde 2007, cogita bancar as obras necessárias para a futura reabertura do Engenhão, mas prometeu buscar os responsáveis pelo problema que levou ao fechamento do estádio.

"Quem paga pela obra é um segundo momento. Se tiver que bancar e imputar para alguém, isso será feito", disse Queiroga.

O Engenhão, projetado pela prefeitura, foi construído entre 2003 e 2007. A obra foi finalizada às pressas, e com estouro do orçamento original de 60 milhões de reais para 380 milhões de reais, para ficar pronta a tempo para o Pan de 2007.

Segundo o representante do consórcio Engenhão, "não tem relação entre o ritmo (acelerado de obra) com o fenômeno observado agora".

Até abril 14 jogos do Campeonato Carioca estavam programados para o Engenhão. Com o Maracanã em obras desde 2010 para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, o Engenhão vinha sendo o principal estádio do Rio de Janeiro.

Há uma previsão de expansão da capacidade do estádio dos atuais 45 mil para mais de 60 mil espectadores na Olimpíada de 2016.

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