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Empréstimo de bicicleta cresce 65% em um mês

O sistema de empréstimo de bicicletas em São Paulo já tem 25 mil ciclistas cadastrados


	O projeto Bike Sampa é inspirado no do Rio, que em dez meses atingiu a marca de 1 milhão de viagens
 (Fernando Moraes)

O projeto Bike Sampa é inspirado no do Rio, que em dez meses atingiu a marca de 1 milhão de viagens (Fernando Moraes)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2012 às 11h41.

São Paulo - Com quatro meses de funcionamento, o sistema de empréstimo de bicicletas em São Paulo já tem 25 mil ciclistas cadastrados. Neste mês, mais de 8,2 mil viagens foram registradas nas 31 estações - alta de 65% em relação a agosto. E a tendência é aumentar mais. Até o fim do ano, o programa vai chegar a outros 69 endereços e facilitar a integração com a rede de metrô e trens.

O projeto Bike Sampa é inspirado no do Rio, que em dez meses atingiu a marca de 1 milhão de viagens. Em São Paulo, são 310 bicicletas oferecidas em estações que ficam a no máximo 1 quilômetro de distância entre si. Funciona todos os dias, das 6h às 22h. Até o fim de 2014, o sistema terá 3 mil unidades, em todas as regiões. Hoje, elas estão concentradas em Vila Mariana, Ibirapuera, Jardins e Itaim, na zona sul.

Segundo o banco Itaú, parceiro da Prefeitura no projeto, os endereços são definidos em conjunto com técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e obedecem a estudos que delimitam os percursos mais seguros. Pelo cronograma, as próximas regiões a serem contempladas são, na sequência: oeste, centro, norte e leste.

"Estamos no centro expandido por enquanto, mas o projeto vai para a periferia. Para isso, porém, dependemos de um plano de sinalização das ciclorrotas mais apropriadas, que está sob a responsabilidade da CET. Após essa definição, escolhemos o melhor ponto para a estação e testamos, com a ajuda de cicloativistas. Só depois abrimos", explica Luciana Nicola, superintendente de relações institucionais e governos do Itaú/Unibanco.

O empréstimo de bike já tem horários de pico definidos. De manhã, a demanda é maior no período das 8h às 10h. À tarde, das 17h às 19h.

A maioria dos usuários não paga pelo serviço, já que usa até meia hora (depois desse prazo, paga-se R$ 5 por 30 minutos). A cabeleireira Larissa de Paula Ferreira da Silva, de 25 anos, pedala todos os dias da Estação Vila Mariana do Metrô à porta do salão onde trabalha, no mesmo bairro. "Estou adorando andar de bicicleta. O sistema funciona bem e aproveito para fazer algum tipo de exercício."

Com capacidade para até 28 bicicletas, as estações mais procuradas hoje durante a semana são as que ficam perto do metrô. Além da Vila Mariana, há bastante movimento nas Estações Ana Rosa, na Linha 1-Azul, e Brigadeiro, na 2-Verde, que chega a ficar vazia no pico da manhã. Anteontem, o Estado flagrou a estação sem bikes por volta das 9h30.

Mas a falta de oferta não durou meia hora. As bicicletas são transferidas de uma estação para outra de acordo com a necessidade. O objetivo é não deixar o ciclista na mão, seja na hora da retirada ou da devolução, quando algum espaço tem de estar vago. Todos os dias, quatro furgões fazem o serviço de transferência. Marcos Baron, de 28 anos, é um dos técnicos da operação. "Com o tempo, vamos identificando o perfil do usuário e preparando as estações. Já dá para saber, por exemplo, qual estação é usada mais para devolução." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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