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Empresas iniciam trabalho de prevenção na Baía de Guanabara

O plano, que entrará em vigor em janeiro de 2014, foi apresentado hoje (27) na sede da secretaria, no centro da capital fluminense


	Carlos Minc: o secretário de Estado do Ambiente afirmou que a demora do plano se deu pela complexibilidade de integrar um grande número de empresas (Abr)

Carlos Minc: o secretário de Estado do Ambiente afirmou que a demora do plano se deu pela complexibilidade de integrar um grande número de empresas (Abr)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 16h48.

Rio de Janeiro – Trinta e três empresas, entre públicas e privadas, firmaram com a Secretaria de Estado do Ambiente e com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) plano de prevenção de acidentes ambientais com óleo na Baía de Guanabara.

O plano, que entrará em vigor em janeiro de 2014, foi apresentado hoje (27) na sede da secretaria, no centro da capital fluminense.

De acordo com o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, a diferença desta ação para a antiga lei do óleo é a integração entre as empresas.

“A antiga lei determinava que cada empresa tivesse um plano de prevenção. Algumas empresas tinham e outras não, mas não havia coordenação entre elas. Esse plano de áreas que vem sendo discutido desde 2010 vai gerar uma dinâmica diferente. Nele, essas 33 empresas serão englobadas e coordenadas pelo Inea. Haverá equipes permanentes, elaboraremos uma cartilha para cada barco que entrar na Baía, inclusive barcos estrangeiros que desconhecem as normas do nosso país. E nosso próximo passo, previsto para 2014, é montar um centro de controle e operação que auxiliará o trabalho”, explicou o secretário.

Minc afirmou também que a demora do plano se deu pela complexibilidade de integrar um grande número de empresas.

“Isso não é apenas um pedaço de papel. Houve um trabalho interno com essas empresas. Exercícios, orientações, equipes que se formaram conosco para criar rotinas dentro dessas empresas.

O plano anterior era uma diretriz geral que não havia sido interiorizada por todos. Muitas empresas contratavam um plano de contingência terceirizado, mas não sabiam como funcionavam, não treinavam seus funcionários”, afirmou Carlos Minc.

Quanto à despoluição da Baía de Guanabara, o secretário informou que em janeiro de 2014 será inaugurada uma Unidade de Tratamento de Rio (URT) instalada no Rio Irajá, na zona norte da cidade. Essa URT será responsável pela despoluição de 12% do espelho d’água da Baía de Guanabara.

Além disso, a secretaria já firmou contrato para a construção de uma segunda URT, na Pavuna, também zona norte, que diminuirá em 21% a poluição da baía. Em fevereiro, o órgão também irá operar barcos de coleta flutuante, mas para Minc o foco de 2014 será no tratamento de esgoto.

“Em sete anos, passamos de 12% de esgoto tratado para 40%, ou seja, o número triplicou. Entretanto, 60% do esgoto ainda chega in natura na baía. Por isso, estamos investindo no avanço do saneamento tradicional na região metropolitana, como em São Gonçalo e na Baixada Fluminense. Na zona norte do Rio estamos ligando os complexos do Alemão e da Maré à Estação Alegria, no Caju. Contudo, não podemos nos esquecer que 9 milhões de pessoas vivem no entorno da Baía de Guanabara. Se todo mundo jogar lixo nos rios que desaguam lá, haja ecobarreira e barco coletor de lixo flutuante para deter a poluição. Nosso prazo para acabar com a poluição não é o da Olimpíadas de 2016, mas [o da descoberta de soluções para a] pesca, o turismo, a navegação, [e a construção de um] patrimônio público”, disse.

Entre as empresas que firmaram o plano de ação para acidentes ambientais com a Secretaria de Estado do Ambiente estão as refinarias de Manguinhos e Reduc da Petrobras, Ipiranga, Navegação São Miguel, Cosan, Pier Mauá e estaleiros Cassinú e Mauá.

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