as companhias tiveram um rombo de R$ 2,73 bilhões entre janeiro e abril, o maior valor da série histórica. (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 31 de maio de 2025 às 16h30.
O prejuízo acumulado das empresas estatais federais nos quatro primeiros meses do ano atingiu um nível recorde, apontou o Banco Central. De acordo com as estatísticas fiscais divulgadas nesta sexta-feira pelo órgão, as companhias tiveram um rombo de R$ 2,73 bilhões entre janeiro e abril, o maior valor da série histórica.
O resultado se junta ao problema fiscal que atinge o governo e coloca em questão a credibilidade do governo perante investidores. Segundo o comunicado do BC, a dívida bruta do Brasil voltou a subir em abril e atingiu R$ 9,2 trilhões, o que equivale a 76,2% do Produto Interno Bruto, um crescimento de 0,3 ponto percentual em relação ao mês anterior.
No ano anterior, no mesmo período, as empresas estatais tiveram um prejuízo de R$ 1,6 bilhão, que cresceu com o decorrer do ano e chegou a R$ 6,73 bilhões no acumulado de janeiro a dezembro de 2024. Em 2023, o déficit foi de R$ 1,84 bilhão nos quatro primeiros meses do ano, mas caiu para R$ 656 milhões no resultado anualizado.
O cálculo do Banco Central desconsidera os grupos Petrobras e Eletrobras.
Apesar do prejuízo nas empresas estatais, o setor público registrou um superávit primário (quando se desconta o pagamento das dívidas) de R$ 14,1 bilhões em abril, ante superávit de R$ 6,7 bilhões no mesmo mês do ano passado. Por outro lado, a dívida líquida, que desconsidera os ativos do governo, aumentou a 61,7% do PIB, um crescimento de 0,1 ponto percentual em comparação com o mês anterior.