UTI: para do dinheiro foi utilizado para a compra de respiradores. (Getty/Getty Images)
Clara Cerioni
Publicado em 10 de agosto de 2020 às 14h05.
Última atualização em 10 de agosto de 2020 às 14h45.
Um grupo composto por 251 empresas doou pouco mais de 1 bilhão de reais ao governo de São Paulo com o objetivo de aplicar em ações de combate à covid-19. O valor foi anunciado pelo governador João Doria (PSDB) nesta segunda-feira, 10. As as doações foram em produtos, serviços e em dinheiro e foram recebidas desde o início da pandemia, em março.
"Uma marca histórica, do maior programa de doações sociais já feitas até então no país. Quero agradecer a todos os doadores, que deram exemplo e vão ficar para a história de São Paulo e do Brasil”, disse o governador em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
De acordo com o governo de São Paulo, a montante arrecadado foi utilizado em grande parte para a compra de respiradores - aumentando a capacidade de UTIs no estado -, aquisição de equipamentos de segurança, além de outros produtos que auxiliam no controle de contágio da doença.
Todo o processo de recebimento das doações, entrega e aplicação dos recursos foi auditado pela Pricewaterhouse Coopers Brasil, com apoio da Deloitte na organização dos processos. As agências de controle do governo de São Paulo também fizeram esta fiscalização.
Entre os doadores estão empresas nacional e multinacionais como o BTG Pacual, B3, Carrefour, Gerdau, JBS e Nestlé. A lista completa está disponível no site do governo do estado.
No valor não estão incluídos os 130 milhões de reais que o Instituto Butantan está arrecadando para dobrar a capacidade de produção da vacina contra a covid-19. Deste total, a entidade já conseguiu 96 milhões de reais. Na próxima quarta-feira, 12, o governo do estado vai ter uma reunião e espera conseguir o restante que ainda falta.
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Carlo Gorinchteyn, informou que o estado registrou até o momento 628.415 casos confirmados da covid-19 e 25.151 óbitos pela doença.
Segundo o secretário, houve um aumento de 5% no número de óbitos na última semana em relação ao período anterior. "Isso é resultado da maior taxa de internações que aconteceu há duas semanas", afirmou.
De acordo com Gorinchteyn, o número de internações caiu 7% no interior e 6% na capital na mesma comparação, o que deverá ter resultado na diminuição do número de óbitos em uma ou duas semanas.