Os empresários do setor de comércio apresentam o maior otimismo (Wikimedia Commons/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2010 às 13h28.
São Paulo - Depois de uma gradual perda de confiança ao longo deste ano, os empresários recuperaram o otimismo e a maioria projeta aumento dos negócios para o período de janeiro a março do ano que vem, quando o país estará sob o comando da presidenta eleita, Dilma Rousseff, a primeira mulher a ocupar o posto.
É o que aponta a pesquisa feita pela empresa de consultoria Serasa Experian com 1.015 executivos de todos os setores da economia, no período de 22 a 30 de novembro.
Dos entrevistados que vão rever as projeções de faturamento para o primeiro trimestre de 2011, a maioria (85%) informou que espera ter faturamento maior. Apenas 15% manifestaram a intenção de rever o montante para baixo. Na comparação com a percepção sobre o mesmo período de 2010, houve uma pequena queda no otimismo. Nas entrevistas sobre aquela época, 90% tinham declarado expectativa de crescimento acima da projeção inicial e 10% disseram que iriam reduzir a meta de vendas.
Os mais otimistas são os empresários do setor do comércio (87%), seguidos pelos dos segmentos de serviços (86%) e indústria (77%). Entre os que demonstraram maior confiança destacam-se os que representam as pequenas empresas (86%). Nas grandes empresas, 83% apostam em aumento dos negócios e, nas médias, 82%.
Quanto ao encerramento de 2010, a maioria espera um obter um faturamento maior (65%). Do total entrevistado, 22% acreditam que terão desempenho semelhante ao registrado em 2009 e a minoria (13%) apontou expectativa de queda.
Na sondagem sobre a contratação de funcionários, prevaleceram as respostas de manutenção do quadro (65%). Para 27%, a estimativa é de aumento no número de vagas e 8% prevem cortes. Em relação ao verificado em igual período do ano passado, houve uma leve redução. Para o primeiro trimestre de 2010, 34% pretendiam aumentar o total de funcionários, 62% iriam manter o quadro e 4% tinham intenção de demitir.
Diminuiu também o universo dos que planejam investir mais, que soma 30% dos ouvidos ante 37%, em igual período do ano passado. Entre as melhorias esperadas para o período da gestão de Dilma Rousseff, destacam-se a expectativa de uma definição do projeto de reforma tributária, a redução dos juros, melhores condições de crédito e mais investimentos em infraestrutura.