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Empresário revela "favor" para Chalita

O Ministério Público investiga acusações de que Chalita teria recebido propina e presentes do grupo COC para beneficiar a empresa nos processos de contratação do governo


	Gabriel Chalita: Cesar Valverde apresentou à promotoria uma nota fiscal no valor de R$ 10 mil para a instalação de equipamentos eletrônicos no imóvel do parlamentar
 (Divulgação/Facebook)

Gabriel Chalita: Cesar Valverde apresentou à promotoria uma nota fiscal no valor de R$ 10 mil para a instalação de equipamentos eletrônicos no imóvel do parlamentar (Divulgação/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 10h35.

São Paulo - O ex-sócio de uma companhia de automação disse ao Ministério Público de São Paulo que foi até o apartamento do deputado e então secretário de Educação paulista e deputado Gabriel Chalita (PMDB), em 2004, para prestar serviços que haviam sido pagos por uma empresa que tinha contratos com a pasta.

Cesar Valverde apresentou à promotoria uma nota fiscal no valor de R$ 10 mil para a instalação de equipamentos eletrônicos no imóvel do parlamentar.

O documento foi emitido em nome da Interactive, firma ligada ao grupo educacional COC. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. Chalita diz desconhecer o pagamento.

Segundo os promotores, o grupo vendeu softwares no valor de R$ 14 milhões ao Fundo de Desenvolvimento da Educação (FDE), do governo paulista, quando Chalita foi secretário, entre 2002 e 2006.

O Ministério Público investiga acusações de que Chalita teria recebido propina e presentes do grupo COC para beneficiar a empresa nos processos de contratação do governo.


Os procedimentos foram abertos após denúncias feitas pelo analista de sistemas Roberto Grobman, ex-funcionário da Interactive.

Chalita afirma que pagou pela instalação dos equipamentos em seu imóvel e diz desconhecer "qualquer pagamento feito pela empresa Interactive, que à época era dirigida pelo delator, Roberto Grobman".

Em nota, o deputado declara que os documentos apresentados por Valverde "não corresponde à reforma", mas possivelmente a outro depósito. "A nota fiscal apresentada ao Ministério Público não possui, nem indica nenhuma ligação comigo ou com meu apartamento. Não fiz nenhum depósito em conta fora do País. Não tenho e nunca tive conta fora do país", afirma.

O deputado ressalta que "essas denúncias nasceram do escritório de campanha do candidato José Serra (seu adversário na eleição de 2012)". "É mais uma ilação falsa com o intuito de atingir minha imagem. Continuo a confiar na apuração do Ministério Público, colocando-me a inteira disposição", completou.

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