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Empresário nega influência de Lula sobre negócios em Angola

Santos foi convidado para falar sobre a contratação de sua empresa de engenharia pela Odebrecht para construção da Hidrelétrica de Cambambe, em Angola


	Ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva durante evento em São Paulo: os parlamentares fizeram o convite para que o empresário falasse sobre as suspeitas de que Lula teria intermediado negociações para favorecer a empresa de Santos
 (Nacho Doce/ Reuters)

Ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva durante evento em São Paulo: os parlamentares fizeram o convite para que o empresário falasse sobre as suspeitas de que Lula teria intermediado negociações para favorecer a empresa de Santos (Nacho Doce/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2015 às 14h57.

O empresário Taiguara Rodrigues dos Santos – sobrinho da primeira mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e proprietário da Exergia Brasil – disse que não tem amizade com Lula e nunca frequentou a casa do político.

Ele depôs hoje (15), como testemunha, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Santos foi convidado para falar sobre a contratação de sua empresa de engenharia pela Odebrecht para construção da Hidrelétrica de Cambambe, em Angola. “O único contato que tenho [com Lula] é esse vínculo com o passado”, afirmou aos parlamentares.

Os parlamentares fizeram o convite para que o empresário falasse sobre as suspeitas de que Lula teria intermediado negociações para favorecer a empresa de Santos.

A obra, financiada pelo BNDES, teve custo de quase US$ 500 milhões. O empresário confirmou que seu pai, Jacinto Ribeiro dos Santos, foi muito amigo do ex-presidente, mas acrescentou que pessoalmente é amigo apenas do filho do ex-presidente, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.

Santos disse foi para Angola pela primeira vez, em 2007, para participar de um negócio de fornecimento de peças para conserto de ônibus e caminhões no país, mas o contrato não deu certo.

O empresário continuou buscando outras oportunidades na região e, em 2009, abriu a Exergia para atuar na Angola. Segundo ele, sua participação em mais de 48% das ações não foi garantida com recursos financeiros, mas apenas com trabalho de captação de contratos.

O empresário afirmou ao colegiado não ter recebido propina e disse que não recebeu qualquer ajuda de Lula ou de Lulinha para fechar esse contrato com a Odebrecht.

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