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Empresa sócia da Fifa acusa polícia de prisão ilegal

Match, a empresa responsável pela venda de ingressos, acusou a polícia do Rio de Janeiro de prender de forma "arbitrária e ilegal" seu executivo, Ray Whelan


	Ingressos apreendidos pela polícia do Rio: empresa afirma que prisão foi ilegal
 (Polícia Civil do Rio de Janeiro)

Ingressos apreendidos pela polícia do Rio: empresa afirma que prisão foi ilegal (Polícia Civil do Rio de Janeiro)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2014 às 18h28.

Rio - A Match, empresa sócia da Fifa, acusa a polícia do Rio de Janeiro de ter feito uma prisão "arbitrária e ilegal" de Ray Whelan, executivo acusado de estar envolvido na quadrilha de cambistas da Copa do Mundo. Segundo a companhia, os ingressos negociados entre Lamine Fofana - chefe dos cambistas preso há uma semana - e Whelan jamais foram vendidos.

Na última terça-feira, escutas telefônicas entre Whelan e Fofana apresentadas à imprensa revelavam como o cambista e o executivo negociavam pacotes de ingressos durante a Copa. A empresa confirma que Whelan falou pelo telefone com Fofana. Mas insiste que "não houve crime". Segundo a companhia, os ingressos solicitados por Fofana foram oferecidos por Whelan por seu preço de tabela, de US$ 24,7 mil.

Os ingressos teriam sido uma sobra de um pacote que havia sido comprado em 2013 ainda por uma rede hoteleira no Rio. Naquele momento, o hotel solicitava 42 ingressos. Mas informou em maio de 2014 que reduziria seu pedido. Para não ficar com os ingressos na mão, no valor de US$ 594 mil, a empresa explica que optou por revender a sobra pelo preço oficial.

Apesar de a Fifa dizer que Whelan não lidava com ingressos, o comunicado da Match aponta que o suspeito negociou os ingressos na capacidade de "consultor da Match". Mas garante que os ingressos jamais foram vendidos. "Whelan não sabia que a Match havia bloqueado a venda para Fofana", justificou a empresa. A empresa de Fofana havia sido impedida de comprar ingressos, segundo a Match, depois que ficou provado que a companhia estava agindo no mercado negro. "As vendas jamais ocorreram", garantiu a Match.

ILEGAL - Para a companhia, a divulgação das escutas telefônicas é ilegal e a polícia está tirando conclusões "sem fazer investigações e sem entender minimamente" como funciona a venda de pacotes. Em um comunicado emitido nesta quarta, a Match acusa a polícia de "selecionar" o que vaza para a imprensa e está interpretando o que Whelan afirma.

A empresa confirma, como a reportagem havia antecipado, que Whelan vai entregar "de forma voluntária" a sua credencial para a Copa do Mundo. "Whelan quer reafirmar seu compromisso em proteger os interesses da Match e da Copa". Mas ele garante que não cometeu qualquer crime e está certo de que será absolvido.

A Match ainda acusa a polícia de não divulgar quais ingressos foram apreendidos. Mas a empresa estima que os ingressos sejam antigos ou dos diretores da Match.

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