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Empresa de Doria pede R$ 50 mil por palestra do prefeito

O tema da palestra, de acordo com publicação, é "O impacto de uma gestão eficiente na cidade de São Paulo".

Dória: de acordo com o jornal, quem aceitar fazer a contribuição poderá se sentar à mesa principal com o prefeito (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Dória: de acordo com o jornal, quem aceitar fazer a contribuição poderá se sentar à mesa principal com o prefeito (Rovena Rosa/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 22h54.

Última atualização em 20 de janeiro de 2017 às 00h27.

O grupo de empresários criado pelo prefeito João Doria (PSDB) está cobrando uma cota de patrocínio no valor de R$ 50 mil de interessados em participar de um almoço com a participação do tucano marcado para o início de março, em São Paulo.

O tema da palestra, conforme revelou a edição desta quinta-feira, 19, da Folha de S.Paulo, será "O impacto de uma gestão eficiente na cidade de São Paulo."

De acordo com o jornal, quem aceitar fazer a contribuição poderá se sentar à mesa principal com o prefeito.

Depois de eleito, Doria repassou o comando da associação empresarial a seu filho mais velho. Em nota, a Prefeitura afirmou não haver qualquer tipo de restrição para que o prefeito ou outra autoridade municipal faça palestras em evento promovido por empresas ou entidades empresariais.

"O fato de um evento receber patrocínios do setor privado é irrelevante para o Município, uma vez que não há nenhuma vedação para que autoridades municipais ministrem palestras", disse a gestão Doria, que não vê assim nenhum tipo de conflito de interesses.

Os almoços promovidos pelo Lide são conhecidos por reunir empresários e políticos. Durante a campanha eleitoral, o tucano costumava dizer que seu grupo representava 56% do PIB nacional.

Nesta lista podem estar empresas prestadoras de serviços para o Município ou concorrentes de processos de licitação em vigor.

Também em nota, o Lide afirmou que sempre convidou autoridades que estão em evidência e que geram debates de temas relevantes para a sociedade e para a classe empresarial - que éseu público - para participar de seus eventos.

"Por essa razão, ministros, governadores, prefeitos e demais autoridades que estão nesta condição sempre foram convidados para expor suas ideias e debater nos encontros promovidos pelo grupo.O convite é para o ocupante do cargo. Independente de quem fosse o prefeito, por ser uma importante autoridade, seria convidado. Fernando Haddad, empossado em 2013, participou, assim como Eduardo Paes, em maio de 2015 (para falar sobre Olimpíadas), entre outros. Não há restrição legal e ética para que participem de palestras."

O Lide também informou que a realização de todos os eventos requer patrocínio para sua viabilidade, como tem sido feito ao longo dos 14 anos de existência do grupo.

"O Lide é uma empresa que possui gestão profissionalizada, cujo controle acionário não pertence mais a João Doria. O pressuposto da atuação do Lide é criar uma saudável aproximação entre modelos bem-sucedidos de gestão pública e privada, sempre com respeito a todos os limites legais e morais que se impõem."

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