Brasil

Emprego prova que País pode crescer a 7,5%, diz Dilma

Taxa de desemprego atingiu 6,2%, o menor índica de série histórica iniciada em 2002

Digitalização traz enorme ganho de produtividade, mas vai aumentar a desigualdade no mercado de trabalho (Arquivo/Divulgação)

Digitalização traz enorme ganho de produtividade, mas vai aumentar a desigualdade no mercado de trabalho (Arquivo/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2010 às 18h59.

Brasília - A taxa atual de desemprego mostra que o Brasil está em pleno emprego e pode ter crescimento anual de 7,5 por cento em seu Produto Interno Bruto sem pressões inflacionárias, disse hoje em Porto Alegre a candidata do Partido dos Trabalhadores à presidência, Dilma Rousseff.

"É compatível crescimento com inflação o baixa e emprego alto. Essa é a grande novidade que o Brasil está experimentando neste ano de 2010 de forma recorde", disse Dilma hoje em caminhada em Porto Alegre. "Estamos em uma fase que temos condições de dar continuidade à política que nós desenvolvemos de manter emprego, de dar poder de compra para o trabalhador e melhoria no padrão de consumo."

A taxa de desemprego caiu de 6,7 por cento em agosto para 6,2 por cento em setembro, disse hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. É a menor taxa de desemprego da série histórica, iniciada em março de 2002, segundo o IBGE.

Endividamento público

A candidata disse que em uma futura gestão dela promoverá a queda progressiva do endividamento público, hoje ao redor de 40 por cento do PIB. Segundo ela, desta forma será possível caminhar para um "padrão de juro internacional".

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu ontem manter o juro básico em 10,25 por cento ao ano. Foi a segunda reunião consecutiva em que o Copom manteve a taxa inalterada.

Dilma disse também que o Brasil precisa se proteger da guerra cambial mundial. Uma política de desvalorização competitiva no passado não deu certo e levou o mundo a guerra comercial, disse ela.

"Nós achamos que o Brasil tem de fato que se proteger contra uma guerra comercial, tem que ter política antidumping e ao mesmo tempo acreditar que a gente tem que manter a inflação estritamente sob controle."

O candidato José Serra, do Partido Social Democrata Brasileiro, foi criticado por Dilma por não detalhar as possíveis mudanças que faria à política econômica do País. Segundo ela, Serra precisa detalhar sua proposta para dar tranquilidade ao eleitor.

"Falar a esta altura que vai fazer mudança na política econômica sem dizer o que vai mudar, você cria desconfiança", disse ela. "A gente tem que ser sério quando se trata de política econômica."

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesempregoDesenvolvimento econômicoIndicadores econômicosPIB

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso