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Embalagem de pasta de carne teria gerado polêmica sobre papelão

PF acreditou ter havido mistura de papelão na carne, mas, aparentemente, os funcionários se referiam às caixas de papelão da embalagem

Seara: controle sanitário não permite que caixas de papelão fiquem perto das máquinas que desossam frangos (Ueslei Marcelino/Reuters)

Seara: controle sanitário não permite que caixas de papelão fiquem perto das máquinas que desossam frangos (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de março de 2017 às 08h44.

Brasília - Na unidade industrial da Seara, do grupo JBS, em Lapa (PR), cidade a 70 km de Curitiba, há uma seção na qual os frangos são desossados a mão.

Depois, as carcaças são colocadas numa máquina que separa os ossos e cartilagens dos pequenos pedaços de carne que continuam presos.

Esses pedacinhos formam uma pasta que depois é usada na fabricação de embutidos. Foi num equipamento como esse, em outro frigorífico, que a Polícia Federal acreditou ter havido mistura de papelão ao alimento, durante a operação Carne Fraca.

A pasta de carne, chamada Carne Mecanicamente Separada (CMS), sai da máquina e é acondicionada em sacos, que por sua vez vão para bandejas de plástico. Posteriormente, em outra seção, essas bandejas de plástico são substituídas por caixas de papelão.

A conversa flagrada pela PF, na interpretação do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, trata de uma discussão sobre colocar as caixas de papelão na área da máquina, e não dentro da máquina.

Hoje, isso não é permitido porque os rígidos controles sanitários que são aplicados à área em que os frangos são cortados e desossados não permitem a entrada desse material.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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