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Embaixador dos EUA nega espionagem, diz ministro

Paulo Bernardo disse que embaixador Thomas Shannon negou que o governo americano tenha praticado espionagem e violação de sigilos de cidadãos brasileiros


	Thomas Shannon, embaixador dos EUA no Brasil: segundo o ministro, embaixador admitiu que os EUA monitoram metadados, "mas não no Brasil"
 (Elza Fiúza/ABr)

Thomas Shannon, embaixador dos EUA no Brasil: segundo o ministro, embaixador admitiu que os EUA monitoram metadados, "mas não no Brasil" (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2013 às 19h17.

Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta segunda-feira que o embaixador dos Estados Unidos no país, Thomas Shannon, negou a ele que o governo norte-americano tenha praticado espionagem e violação de sigilos de dados e de comunicações de cidadãos brasileiros.

No domingo, uma reportagem do jornal O Globo, citando documentos fornecidos pelo ex-funcionário da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden, denunciou um amplo esquema de monitoramento por parte da agência norte-americana.

"O embaixador disse que nunca ouviu falar de central de coleta de dados, mas informou que eles vão fazer uma resposta formal às indagações do governo brasileiro", disse Bernardo em entrevista coletiva.

Segundo o ministro, o embaixador admitiu que o governo dos Estados Unidos monitoram metadados (destino e origem das chamadas, por exemplo, mas sem entrar no conteúdo), "mas não no Brasil".

Shannon também negou ao ministro, em conversa na tarde desta segunda-feira na sede do ministério, que empresas brasileiras de telecomunicações tenham cooperado com qualquer prática de quebra de sigilo.

Após a denúncia da suposta espionagem, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse nesta segunda-feira que o governo quer acelerar a votação do marco civil da Internet no Congresso.

O marco está sendo debatido há anos no Congresso e no ano passado chegou a entrar na pauta do plenário da Câmara, mas acabou tendo sua votação adiada por pressão das empresas de telecomunicação.

Bernardo disse, no entanto, que a aprovação do marco civil da Internet não resolveria sozinha o problema da privacidade na rede. "Uma lei nacional não dá conta de coibir isso. Tem de ter tratados internacionais".

O ministro, que participou no domingo de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff para discutir o caso lembrou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Polícia Federal vão investigar o caso.

Bernardo também afirmou que o país levará à Organização das Nações Unidas (ONU) uma discussão sobre a segurança na Internet e o monitoramento da rede.

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