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Embaixador do Brasil apoia Guiana em disputa com a Venezuela

O embaixador brasileiro fez as declarações em presença do presidente da Guiana, David Granger, em cerimônia para comemorar a independência do Brasil


	Fronteira Brasil-Venezuela-Guiana, no Monte Guyana: o presidente da Guiana indicou que trabalhará em conjunto com o Brasil para zelar para que não haja uma violação das fronteiras no continente
 (Wikimedia Commons)

Fronteira Brasil-Venezuela-Guiana, no Monte Guyana: o presidente da Guiana indicou que trabalhará em conjunto com o Brasil para zelar para que não haja uma violação das fronteiras no continente (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2015 às 14h24.

San Juan - O embaixador do Brasil na Guiana, Lineu Pupo De Paula, expressou apoio a este último país ao afirmar que no século XXI não há lugar para "velhas disputas territoriais", em referência às reivindicações da Venezuela pela soberania sobre as águas da região do Essequibo, informou nesta terça-feira o governo da Guiana.

"Eu acredito firmemente que no século XXI não há lugar para velhas disputas territoriais. A Guiana tem o direito, e eu estou de acordo, e seu governo a responsabilidade de buscar o desenvolvimento de seu país", disse De Paula no comunicado divulgado pelo governo da Guiana.

O embaixador brasileiro fez estas declarações em presença do presidente da Guiana, David Granger, em cerimônia para comemorar a independência do Brasil.

"A meta comum deve ser zelar pelo bem-estar de todos os povos da região. A América do Sul é um lugar de paz e continuará sendo, porque o Brasil não aceitará nenhum distúrbio em suas fronteiras", defendeu também De Paula.

Granger indicou que trabalhará em conjunto com o Brasil para zelar para que não haja uma violação das fronteiras no continente.

"Nos entusiasma a determinação do Brasil de não aceitar nenhum distúrbio em suas fronteiras", disse o líder do país, que elogiou as relações diplomáticas entre ambas nações nos passados 47 anos.

A disputa entre Venezuela e Guiana pelas águas do litoral de Essequibo tem mais de um século e inclui a reivindicação de soberania sobre um território de 160 mil quilômetros quadrados, muito rico em recursos naturais e que representa dois terços do território da Guiana.

A zona está sob mediação constante das Nações Unidas desde a assinatura do Acordo de Genebra em 1966, mas as diferenças se aguçaram depois que a companhia Exxon Mobil descobriu em maio jazidas de petróleo em águas que supostamente estão na zona do litígio.

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