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Embaixador brasileiro voltará a Israel após cessar-fogo

Segundo Ministério das Relações Exteriores, embaixador Henrique da Silveira Sardinha Pint voltará em breve a Tel Aviv


	Destroços de casa em Gaza: trégua encerrou um conflito de sete semanas
 (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Destroços de casa em Gaza: trégua encerrou um conflito de sete semanas (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2014 às 17h40.

São Paulo - O embaixador brasileiro em Israel, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, voltará em breve a Tel Aviv, afirmou o Ministério das Relações Exteriores em nota nesta quinta-feira, depois que israelenses e palestinos anunciaram um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

A trégua acordada nesta semana, com mediação do Egito, encerrou um conflito de sete semanas em Gaza que matou 2.139 palestinos, a maioria civis. Do lado israelense, 64 soldados e cinco civis morreram.

"O Brasil acolhe com satisfação o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e Palestina com base no esforço de mediação do Egito", afirmou o Palácio do Itamaraty em nota.

Sardinha havia sido chamado para consultas depois que o governo brasileiro criticou a campanha militar israelense em Gaza, considerou "inaceitável" a escalada da violência e condenou "energicamente o uso desproporcional da força por Israel".

"Concluídas as consultas para as quais foi convocado, o embaixador do Brasil em Israel, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, retornará a Tel Aviv", diz a nota, sem informar a data de retorno.

As duras críticas do governo brasileiro e a convocação para o embaixador voltar ao país para consultas provocaram reações na chancelaria israelense. Um porta-voz chegou a chamar o Brasil de "anão diplomático" e de ignorar o direito de Israel de se defender.

O recém-eleito presidente de Israel, Reuven Rivlin, telefonou no início de agosto para a presidente Dilma Rousseff para pedir desculpas pelo episódio, de acordo com o Palácio do Planalto.

Rivlin disse que Israel estava se defendendo dos ataques com mísseis disparados de Gaza em direção ao seu território e esclareceu que as expressões usadas pelo funcionário não correspondem aos sentimentos da população de Israel em relação ao Brasil.

Israel lançou sua ofensiva militar em 8 de julho após um aumento dos disparos de foguetes feitos pelo Hamas, o grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza.

Na nota desta quinta-feira, o Itamaraty reiterou a posição do governo brasileiro de uma solução de dois Estados para o conflito entre israelenses e palestinos, "vivendo lado a lado, em paz e segurança".

"O governo brasileiro confia em que o cessar-fogo contribua para a estabilização da região e permita encontrar um encaminhamento definitivo para o conflito entre Israel e Palestina", afirmou o Itamaraty.

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