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Embaixada da Alemanha no Brasil repudia fala de Roberto Alvim

Confederação Israelita do Brasil também criticou a fala do secretário, que parafraseou trechos de um discurso de Joseph Goebbels e deve ser demitido

Roberto Alvim (YouTube/Reprodução)

Roberto Alvim (YouTube/Reprodução)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 17 de janeiro de 2020 às 12h37.

Última atualização em 17 de janeiro de 2020 às 15h09.

São Paulo - A Embaixada da Alemanha no Brasil repudiou a fala do secretário da Cultura, Roberto Alvim, que copiou trechos de um discurso do líder nazista Joseph Goebbels ao apresentar um novo concurso de artes e acabou sendo exonerado.

“O período do nacional-socialismo é o capítulo mais sombrio na história alemã, trouxe sofrimento infinito à humanidade. Alemanha mantém sua responsabilidade. Opomo-nos a qualquer tentativa de banalizar ou glorificar a era do nacional-socialismo", escreveu a Embaixada no twitter.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) também repudiou a atitude de Alvim e cobrou o afastamento dele do cargo. Em um comunicado, a Confederação diz que o uso do discurso nazista é inaceitável.

“Goebbels foi um dos principais líderes do regime nazista, que empregou a propaganda e a cultura para deturpar corações e mentes dos alemães e dos aliados nazistas a ponto de cometerem o Holocausto, o extermínio de 6 milhões de judeus na Europa, entre tantas outras vítimas. O Brasil, que enviou bravos soldados para combater o nazismo em solo europeu, não merece isso”, destacou.

O governo do presidente Jair Bolsonaro avisou líderes do Congresso nesta sexta-feira que vai exonerar o secretário, de acordo com uma fonte, enquanto Alvim colocou o cargo à disposição.

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, e uma série de políticos e movimentos cívicos pediram publicamente pela sua saída.

Alvim se defendeu e culpou uma “coincidência infeliz”. O vídeo, no entanto, também traz como música de fundo um trecho da ópera “Lohengrin”, de Richard Wagner, uma das obras preferidas de Hitler.

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