Moreira Franco: "Que o Poder Judiciário, apoiado por todos nós, continue o seu trabalho" (Antonio Cruz/Agência Brasil/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de maio de 2017 às 16h04.
Brasília - Em mais um dia que o Palácio do Planalto foi indiretamente atingido por denúncias, com a prisão do assessor especial do presidente Michel Temer, Tadeu Filippelli, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, voltou a usar o recurso de vídeo nas redes sociais para dizer que o governo precisa continuar trabalhando.
Sem citar a operação desta terça-feira, 23, Moreira afirmou que "precisamos deixar que haja, em primeiro lugar, a independência e autonomia dos Poderes, Poder Judiciário, Legislativo e Executivo".
"Que o Poder Judiciário, apoiado por todos nós, continue o seu trabalho. Que o Poder Executivo permaneça firme, com compromisso de levar até o fim o que está escrito na 'Ponte para o Futuro' (propostas de governo do PMDB elaborado após destituição da presidente Dilma Rousseff), que é a trajetória para tirarmos o país da mais grave crise da história", afirmou.
O ministro citou ainda a importância de que parlamentares continuem votando a agenda de reformas do governo, como quer o presidente Temer, para mostrar que seu governo não está paralisado, após o episódio desta terça e, principalmente, a delação de Joesley Batista, da JBS, que implicou diretamente a figura do presidente e gerou ameaças de rompimento de boa parte da base aliada.
Segundo Moreira, o Legislativo tem que ser "entusiasmado, ser estimulado" para que deputados e senadores continuem "votando e fazendo as mudanças necessárias para que o ambiente econômico possa criar condições para que voltemos a gerar emprego e renda para milhões de brasileiros".
"Este é nosso compromisso, esta é nossa luta. Por isso vale a pena brigar", diz o ministro, na mensagem postada nesta manhã em suas redes sociais.
No vídeo de pouco menos de dois minutos, Moreira diz ainda que é preciso garantir que a organização de uma democracia estável seja mantida "e para isso é necessário independência, autonomia e a continuidade dos trabalhos dos poderes", destacou.
"Assumimos um compromisso com o Brasil: entregar o país com as contas em ordem e com a economia recuperada, e vamos honrá-lo", afirmou.
O ministro, fazendo coro ao discurso de que o governo já estava conseguindo mostrar recuperação econômica, disse que o país estava "começando a sair de uma das crises econômicas mais profundas na nossa história".
"E aí é necessário que todas as conquistas que obtivemos ao longo desses anos e com resultado desta grande luta, que é a organização de uma democracia estável no Brasil, elas sejam mantidas", pediu.